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Seita radical assume atentado contra escritório da ONU

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Abuja (AE) – O porta-voz de uma seita radical muçulmana na Nigéria, conhecida localmente como Boko Haram, assumiu a responsabilidade pelo atentado com carro-bomba contra os escritórios da Organização das Nações Unidas (ONU) na capital da Nigéria, ontem,  que matou pelo menos 18 pessoas. O atentado foi executado por um suicida que guiava um carro-bomba. O homem derrubou dois portões com o automóvel, antes de conduzir o veículo até a entrada do prédio da ONU, onde explodiu o carro e infligiu o maior dano possível, disse um porta-voz da Agência Nacional de Emergências da Nigéria.

O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, disse que o atentado foi uma agressão “aos que devotam suas vidas a ajudar os outros”. “Condenamos esse ato terrível. Não temos um número preciso de vítimas, mas sabemos que ele foi considerável. Certo número de pessoas foram mortas e muitas outras ficaram feridas”, disse Ban.

Bomba destruiu prédio da ONU matando 18 pessoas na NigériaSaid Djinnit, um representante especial do secretariado geral da ONU para a África Ocidental, acredita que a maioria dos mortos era de nigerianos que trabalhavam para a organização. O porta-voz conversou com o serviço em língua haussa da BBC, que é ouvido no norte nigeriano, majoritariamente muçulmano. Um porta-voz também assumiu o atentado em chamada à Agência France Presse (AFP).

“Com a sabedoria de Alá (Deus), nós lançamos o ataque com uma precisão absoluta”, disse o homem que se identificou como porta-voz à AFP. “O ataque foi cuidadosamente planejado e executado. Nós dissemos várias vezes que a ONU era um dos nossos alvos”.

Boko Haram, que significa “educação ocidental é um sacrilégio”, realizou uma série de ataques a bomba e assassinatos no norte da Nigéria no último ano. Mas foi a primeira vez que o grupo teve como alvo estrangeiros. Até agora, o grupo atacava nigerianos não muçulmanos ou muçulmanos que considerava apóstatas.

A seita assumiu um atentado com carro-bomba contra a sede da polícia federal em junho que matou pelo menos duas pessoas. Um ataque contra uma delegacia da polícia na quinta-feira, no Estado nigeriano de Adamawa, foi atribuído pelos policiais locais à seita. O ataque deixou pelo menos 12 mortos. O ataque desta sexta-feira foi um dos mais mortíferos contra uma representação da ONU em dez anos. Um atentado contra o escritório da ONU em Argel, em 11 de dezembro de 2007, deixou 17 mortos. Em 19 de agosto de 2003, um atentado contra o quartel-general da ONU em Bagdá matou 15 trabalhadores da ONU, incluído o enviado especial, o brasileiro Sergio Vieira de Mello.

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