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Seleção Argentina

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Em se tratando de futebol não há o que discutir. Temos uma seleção muitas vezes melhor que a da Argentina. Mas se o assunto é vinho não dá para afirmar o mesmo e as razões são muito claras. A Argentina recebeu nos últimos anos inúmeros investimentos de grandes grupos externos do mundo do vinho. Se ainda não ultrapassou o Chile no ranking das exportações internacionais é porque o Chile, além de ser uma base de exportação (a Argentina despertou há pouco para o mercado externo), foi alvo de investimentos muito antes, mas o futuro do vinho argentino é algo consolidado. Quanto ao Brasil, faltam investimentos do governo e externos. Isso exigindo dos produtores nacionais um esforço sobre-humano para competir deslealmente com o vinho importado, nem sempre qualificado para tanto. Os impostos têm feito dos preços do vinho brasileiro o grande vilão do consumo e isso tem contribuindo ainda mais para minar o nosso parco sentimento eno-nacionalista.

Na última sexta-feira (27/05) em reunião da SHE Sociedade dos Honoráveis Enófilos, degustamos seis vinhos argentinos de primeira linha, a maioria deles inexistentes no mercado local, trazidos a tiracolo em viagem recente de um grupo de confrades a Mendoza. Degustamos o “Pulenta VII 2004”, um blend fantástico de cinco variedades, sedutor nos aromas, mas fechado na boca, vinho solícito à guarda. “Zuccardi Zeta 2002” Família Zuccardi, Malbec com Tempranillo, apresentava aromas florais e frutados com leve toque de madeira, boca com taninos bem resolvidos, bom final, limpo e luxuriante. “BenMarco 2002” outro blend de 4 uvas  assinado por Suzana Balbo. Bela cor, aromas complexos e boca equilibrada e de boa persistência. “San Pedro de Yacochuya 99” de Cafayate-Salta, o único dentre todos que não era de Mendoza. Um Malbec com uma pitada de Cabernet Sauvignon, assinado pelo engenhoso Michel Rolland. Boa fruta e madeira sutil, destoando um pouco do estilo Rolland, geralmente marcado pela madeira. Tinha um perfil mais afrancesado, inclusive de rótulo. 

“Val de Flores 2003” um varietal da Malbec também assinado pelo Michel Rolland, outro que também destoava do estilo. Impressionante nos aromas, muito complexo. Agradável na boca, madeira sutil, bem integrada à fruta, espetacular, um dos grandes da noite.

“Quimera 2003” Blend de três uvas da Achaval Ferrer. Show de complexidade aromática e equilíbrio de boca, estruturado, delicioso, elegante e longo. Destaque sobre os demais na opinião esmagadora da maioria confrades. Uma noite memorável.     

Encontro mistral 2006

O maior encontro internacional do vinho no Brasil, promovido pela importadora Mistral, acontecerá nos dias 29, 30 e 31 de maio em São Paulo no Grand Hyatt, das 16h às 21h30min. E no Rio de Janeiro dias 1 e 2 de junho no Hotel Sofitel também no mesmo horário. Para o encontro já estão confirmadas as presenças de mais de 80 produtores dentre os quais alguns dos mais importantes do planeta. Maiores informações pelo site: www.mistral.com.br 

Vinho de sobremesa

“Saint Felien Semillon 2003” Vin Doux, Late Harvest (colheita tardia), tem a marca do Nicolas Catena, Bodega Catena Zapata, (Agrelo), Mendoza, Argentina. Escoltou esnobando charme uma torta deliciosa, de consistência e sabor celestial que cresceu do lado do vinho de forma surpreendente.

Vinho da semana

Leyda Carmenere Reserva 2003. Vinho chileno do Vale do Colchágua, produzido por Viña Leyda. Seus aromas frutados bem integrados à madeira dão-lhe uma elegância impar. Um Carmenere de taninos bem resolvidos, com ótima presença de boca e muito boa persistência final. Foi o vinho destaque numa degustação cujo tema era: “Terroir” realizada pala SAV na terça dia 23/05 no Dolce Vita, ao lado do Benegas Malbec 2002 (Argentina) e do Oxford Leading Shiraz 2002(Austrália).

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