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Sem energia, sem sinal de trânsito

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Valdir Julião – Repórter

A fase ainda é de estudo, mas a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (Semob) já trabalha com a possibilidade de, no próximo ano, passar a dotar de nobreaks uma parte dos 192 semáforos instalados nos cruzamentos e vias de maior fluxo de veículos em Natal. A medida visa evitar congestionamentos do tráfego, decorrentes de panes, ocasionados principalmente por queda e falta de energia elétrica.

Dados da Semob mostram que, no terceiro e penúltimo trimestre do ano,  as interrupções de energia elétrica responderam   por  37,7% das causas de pane no sistema semafórico da cidade.
Em três meses, a Semob registrou 239 panes em semáforos, sendo  37% por queda de energia
O secretário municipal adjunto de Trânsito, Walter Pedro da Silva, diz que algumas prefeituras do país já trabalham com nobreaks – “mas são poucas a trabalharem com isso, porque é um equipamento muito caro”. Segundo ele, esse levantamento vai dizer qual o tipo de equipamento e a sua viabilidade econômica, em virtude das dificuldades financeiras porque passam o tesouro público municipal.

Mesmo assim, Walter P. da Silva afirma que a Semob pretende equipar de nobreaks os corredores de trânsito que já são interligados on line com a Semob, como a avenida Salgado Filho, Prudente de Morais e Bernardo Vieira. Ele explica que não tem sentido colocar um nobreak somente num semáforo, “que coordena todos os demais” em uma parte dessas avenidas, porque se evita a falta de energia momentânea em um, não evita que falte nos outros.

“A gente está vendo a questão dos custos para, paulatinamente, colocar nobreaks no corredor inteiro”, disse Walter Pedro, que não vê uma solução apenas para o casos em que ocorrem um “apagão” em toda a cidade: “Em casos isolados a equipe de manutenção da Semob pode contornar a situação, mas apagar a cidade inteira, não equipe no mundo que não consiga, como não vejo condições de um sistema de nobreaks manter tudo funcionando”.

Walter Pedro ainda explica que  que hoje, em Natal, existem 187 cruzamentos com  semáforos, mas chega 192 equipamentos, porque em três casos, uma máquina opera mais de dois aparelhos: na avenida Afonso Pena com a rua Mossoró, no Tirol;  ruas Jundiaí e Apodi, com avenida Deodoro, na Cidade Alta e, ainda, a rua Coronel Estevam com as ruas Presidentes Sarmento e José Bento, no Alecrim.

Segundo Walter Pedro, a colocação de semáforos na cidade leva em conta não só número de veículos, mas também o crescimento demográfico e a expansão comercial que saiu da Ribeira e da Cidade Alta. “Começam aparecer situações que precisam de investimentos, em que pese se ter planejado em  2005, por exemplo, as obras do Pro-Transporte para a Zona Norte, iniciada em 2006 e até hoje não concluídas”.

Ele citou, também, o fato da expansão comercial ter alcançado a Zona Oeste de Natal, principalmente no entorno da Cidade da Esperança, o primeiro conjunto residencial da cidade construído no começo dos anos 60 e da Zona Sul, a partir do Midway Mall e até à avenida Engenheiro Roberto Freire: “A cidade é dinâmica e os interesses da sociedade estão mudando”.

Atualmente, reforçou Walter Pedro, apenas três dos semáforos da cidade são eletromecânicos, que são usados só em necessidade de manutenção e períodos de trocas de equipamentos. A maior parte dos semáforos são eletrônicos, dos quais 17 são interligados on line à Semob, com previsão de chegar a 32 em 2014.

“Os semáforos on line têm os tempos para controle do fluxo dos carros ajustados daqui mesmo da Secretaria”, acrescentou o secretário adjunto de Mobilidade Urbana, para informar que, diariamente, três equipes de técnicos da própria Semob e terceirizados trabalham na manutenção dos semáforos, a um custo médio de R$ 60 mil por mês  ou R$ 720 mil ao ano.

Faltam agentes para controlar tráfego

O secretário adjunto, Walter Pedro, admitiu que em caso de  panes, muitas vezes ocasionados em períodos de chuvas ou em virtude da oscilação da energia elétrica que é distribuída em Natal, que chega a uma média de 216 ou 217 volts,  mas quando vai ao pico de 220 volts provoca a queda de energia, existe a dificuldade de controlar o trânsito pelos chamados “amarelinhos”.

Ai entram os agentes de trânsitos, que segundo ele, são 87 atualmente em Natal, quando o mínimo necessário seria de 175 agentes, ou seja, um agente para cada dois mil veículos, embora as autoridades de trânsito falem que “o ideal é de um agente para mil veículos”.

Segundo ele, entre julho e setembro deste ano, as principais ocorrências semafóricas em Natal foram decorrentes de queda de energia, 80 ao todo, além de dez faltas de energia, totalizando 90 casos de interrupção do funcionamento dos semáforos (37,7%). Em segundo lugar, vem a troca das lâmpadas de Led, embora estas tenham uma vida útil de seis anos, em médica, enquanto as lâmpadas convencionais (incandescentes) “precisavam ser trocadas a cada dois meses”.

Walter Pedro também como causas para ocorrência semafórica a colisão entre veículos, que naquele período foi de apenas um caso, enquanto houve a violação de máquinas duas vezes. A manutenção e troca de equipamentos e peças são uma das causas mais constantes, como os fusíveis, trocados 15 vezes e 70 vezes a substituição das lâmpadas de led.

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