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Sem o mesmo faro goleador do passado, Bryan Ruiz sonha ser o ‘maestro’ do Santos

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Reforço de peso do Santos, o costarriquenho Bryan Jafet Ruiz González,
de 32 anos e grande ídolo do futebol do seu país, desembarcou na Vila
Belmiro com a honra de ser apresentado com a camisa 10 que em um passado
de muitas glórias foi eternizada por Pelé. Ao lado do goleiro Keylor
Navas, o meio-campista foi o principal destaque da surpreendente
campanha da Costa Rica que desbancou os favoritos Uruguai e Itália e só
caiu nos pênaltis diante da Holanda nas quartas de final da Copa do
Mundo de 2014.

Porém, esteve distante de reeditar este protagonismo na Rússia, onde não
fez nenhum gol e não deu sequer uma assistência no Mundial no qual a
sua seleção foi eliminada na primeira fase com duas derrotas (uma delas
para o Brasil) e um empate.

Assim, o canhoto nascido em San Felipe, no interior da Costa Rica,
chegou ao Santos sem poder ser visto como um jogador estrangeiro de
patamar alto como a torcida alvinegra gostaria, apesar das vantagens que
os seus 1,87 metro de estatura podem lhe proporcionar dentro de campo.

Bryan Ruiz completará 33 anos daqui um mês e hoje é muito mais um
armador de jogadas do que o goleador nato que chegou a ser no início de
sua trajetória no futebol europeu. Revelado pela Liga Alajuelense, da
Costa Rica, ele foi o principal artilheiro do Genk, da Bélgica, na
temporada 2007/2008, e depois contabilizou 43 bolas na rede em 96 jogos
pelo Twente, da Holanda.

Em seguida, atuou pelo Fulham, da Inglaterra, voltou para o futebol
holandês para um curta passagem por empréstimo ao PSV Eindhoven, que ele
defendeu no mesmo 2014 em que brilhou na Copa do Mundo. Com o status
que conquistou com suas atuações no Brasil, o meia atraiu o interesse do
Sporting Lisboa, de Portugal, onde jogou de 2015 a 2018, período em que
marcou só 18 gols em 121 jogos e ganhou dois títulos.

Bryan Ruiz, entretanto, não faz mais questão de ser protagonista como
goleador, mas sim como a referência do meio de campo que perdeu Lucas
Lima para o Palmeiras em 2017. Espera ser o criador e o motor deste
setor. “O Santos precisa de um jogador que acelere a partida, tenho
experiência nisso”, lembrou o meia em sua apresentação como reforço, na
semana passada.

Jogador da seleção da Costa Rica desde 2005, ele tem 24 gols em 114
jogos pela equipe nacional e agora almeja ser o principal cérebro do
time santista, no qual ele deverá desempenhar uma função que vinha sendo
desempenhada por Jean Mota nos compromissos mais recentes do clube.

Fora dos gramados, por sinal, a sua capacidade intelectual lhe permitiu
assinar 228 colunas no jornal costarriquenho “Al Día” entre 2011 e 2014,
período em que o camisa 10 da seleção do seu país usou o espaço
concedido pela publicação para emitir opiniões sobre atualidades do
futebol.


Estadão Conteúdo

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