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Sem plano B

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O governador Robinson Faria (PSD) tem dito a alguns interlocutores que vai concorrer à reeleição. Afirma que a disputa eleitoral é uma prioridade, para ele, neste ano. O governador tem afirmado que não vai recuar. E diz claramente, a auxiliares, que nem cogita um plano B. Ou seja, estaria descartada a renúncia para uma candidatura na eleição proporcional, como um vaga na Assembleia Legislativa. Apesar do desgaste, avalia que não tem outra alternativa e que não teria com justificar uma renúncia nove meses antes de terminar o atual mandato. 

Renúncia, não
Ao se questionado por jornalistas e nas declarações públicas, o governador Robinson Faria tem preferido não ser tão direto e definitivo sobre a eleição deste ano. Ele afirma que é mais importante, neste momento, enfrentar os problemas administrativos. Mesmo assim, diz que foram meras especulações as notícias sobre uma possível renúncia. 
Huck em Natal
O apresentador Luciano Huck esteve em Natal para gravações do quadro “Lata Velha” do programa que apresenta, semanalmente, na Rede Globo. Não há informação de que tenha aproveitado para conversar com algum político potiguar sobre a sucessão presidencial, embora as notícias sejam de que ele voltou a cogitar a candidatura e tem conversado com lideranças partidárias e economistas liberais.  
“Não tem ninguém que vai chegar à Presidência neste momento que poderá ter o Congresso alinhado com ele automaticamente. Isso não existe. Terá que fazer uma aliança de governo de coalizão, como tem agora com o presidente Temer. O presidente fez porque é necessário, Dilma fez, Lula fez” Eliseu Padilha, Ministro da Casa Civil 
Dificuldades na base
Na retomada da Assembleia Legislativa, depois do carnaval, o governo tem o desafio de recompor a base aliada ou terá dificuldades em qualquer votação que pretenda conduzir nos próximos meses. Até mesmo deputados que até então estavam entre os aliados do governo, como Gustavo Carvalho (PSB), criticaram o tom do pronunciamento do governador no trecho em que responsabilizou a demora da Assembleia Legislativa por causa da demora na votação dos projetos do ajuste.
Entraves à votação
Um dos principais itens do pacote de ajuste fiscal – o aumento da contribuição de servidores à Previdência estadual – dificilmente será aprovado na atual legislatura. Além da base aliada não está coesa, seria uma medida que provocaria intensa reação dos servidores estaduais, o que os deputados estaduais, que vão concorrer à reeleição, preferem evitar. 
Resistência ao ajuste
No pacote de ajuste fiscal, o fim da paridade salarial entre servidores que continuam em atividade e os aposentados também é considerada uma medida que enfrentará resistência acentuada. 

Aproveitando a impopularidade 
O presidente Michel Temer reafirmou, ao conceder entrevista a uma emissora de rádio, que ainda não está preocupado com popularidade. Ele lembrou que ouviu de um empresário ele deveria aproveitar sua baixa aceitação na população para fazer reformas impopulares e disse: “É isso que estou fazendo”. O presidente se queixou da pouca divulgação que se dá aos atos de seu governo, chegando a citar que, por exemplo, o lançamento para entrega de 650 mil casas em 2018 “saiu apenas em uma fitinha no jornal”.
Implicações do adiamento 
O secretário de Previdência do Ministério da Fazenda, Marcelo Caetano, afirmou à TV Estadão que  sem uma reforma da Previdência, neste ano, terão que ser aprovadas mudanças mais duras. “Essa é uma reforma preventiva. Desde criança, ouço que prevenir é melhor do que remediar. Se a gente não fizer nada, vejam a Grécia, vejam Portugal. Estamos fazendo a reforma justamente para impedir que isso ocorra. Ainda temos tempo para isso, mas não temos muito tempo”, destacou.
Mais amargo  
Para Marcelo Caetano, o simples adiamento de problemas sempre exige remédio mais amargo depois. “Se você está com problema de diabetes e não faz [tratamento] agora e espera a diabetes, pode-se chegar ao nível de amputar a perna. Não fazer agora e empurrar a reforma para a frente significa que a reforma atual fique totalmente insuficiente. E aí terá que fazer uma reforma ainda mais forte e intensa para compensar o que deixou de ser feita no passado”, disse.
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