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Sem-Terra pressionam Dilma

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Brasília (AE) – Depois de o maior doador da sua campanha, a JBS, criticar a indicação da senadora Kátia Abreu (PMDB-TO) para o Ministério da Agricultura, a presidente Dilma Rousseff voltou ontem a enfrentar críticas e protestos pela decisão, desta vez por parte de movimentos sociais ligados à luta pela reforma agrária. Dilma recebeu ontem à tarde, no Palácio do Planalto, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que rejeita a nomeação de Kátia para a pasta por considerá-la um retrocesso.

Ao mesmo tempo, cerca de 50 pessoas ligadas ao Movimento Brasileiro dos Sem-Terra (MBST) e à Frente Nacional de Luta no Campo e Cidade (FNL) – dissidência do MST – participavam de uma invasão do edifício da Confederação Nacional da Agricultura, também em protesto contra a escolha da peemedebista. Uma solenidade à noite no local marcaria a segunda recondução de Kátia para o comando da entidade, evento cuja presença de Dilma estava prevista. Até a noite desta segunda-feira, a presidente ainda não havia discursado.

“A possível nomeação de Kátia Abreu vai contra qualquer possibilidade de avanço na reforma agrária”, afirmou Rosana Fernandes, integrante da direção nacional do MST e que participou da audiência com Dilma. “Kátia Abreu representa o agronegócio, o atraso, trabalho escravo. E representa, principalmente no seu Estado, a grilagem de terra. Portanto, somos contra a Kátia Abreu por questões ideológicas e políticas. Cabe à presidente nomear ou não. Nós demos o nosso recado”, emendou Alexandre Conceição, também do MST.

Dentro e fora do Palácio Planalto, a presidente Dilma foi ainda cobrada pelos baixos números de assentados em seus primeiros quatro anos de governo. As lideranças do MST que foram recebidas pela presidente colocaram como meta a criação de um plano para que o governo assente no mínimo 50 mil famílias por ano, no período entre 2016 e 2018. “Também queremos a agilização da reforma agrária. Ela está estagnada”, afirmou, por sua vez, Antonio Carlos dos Santos, que liderou a ocupação na sede da CNA pela FNL, frente que tem como principal liderança José Rainha Júnior, rompido com o MST.

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