Uma manhã colorida, com brincadeiras, atividades recreativas e culturais. Em Natal, o primeiro dia da Semana Nacional de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes, ontem, teve um tom lúdico e educativo. Enquanto estudantes do ensino fundamental de escolas públicas se divertiam, eram distribuídas publicações com teor informativo relacionado à temática, como o Estatuto da Criança e do Adolescente e o folder “Tráfico de pessoas para fins de exploração sexual”.
A abertura do evento se deu na área de lazer do conjunto Panatis – Espaço Francisco das Chagas Bezerra de Araújo, na Zona Norte. A extensa programação, promovida pela Prefeitura Municipal, se estende até quinta-feira, 18, em vários locais. A manhã de hoje será toda voltada para o lançamento e discussão do Plano Municipal de Enfrentamento à Violência e Exploração Sexual contra a Criança e o Adolescente, no auditório do INSS, à rua Apodi. “Trata-se de um instrumento norteador de ações voltadas para atacar o problema no município”, diz Edna da Silva Maia, coordenadora do Departamento de Proteção Social Básica da Secretaria Municial de Trabalho, Habitação e Assistência Social (Semthas).
A secretária adjunta de Assistência Social, Ilzamar Silva Pereira, falou que, com o evento, “a intenção é dar visibilidade ao problema do abuso e exploração sexual de crianças e adolescentes, e também mostrar que existe serviço de apoio no sentido de orientar juridicamente, psicologicamente e socialmente as vítimas desses tipos de crime”.
Segundo dados do Programa de Enfrentamento ao Abuso e Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes (o antigo Sentinela), mantido pela Prefeitura Municipal por meio da Semthas, sabe-se que 90% dos casos de abuso são praticados por pessoas conhecidas das famílias das vítimas. E com relação à exploração sexual, a maior parte das vítimas é das Zonas Norte e Oeste.
O evento, que teve início ontem, na área de lazer do Panatis, está servindo para a Prefeitura divulgar as ações que vêm sendo postas em prática para amenizar esse mal. São projetos e programas desenvolvidos em conjunto com as coordenadorias das Varas da Infância, Ministério Público, secretarias municipais, ONGs e sociedade civil.
Um dos programas é o Canteiro da Cidadania, voltado para tirar das ruas crianças e adolescentes em situação de risco. Outro é o Agente Jovem, que trabalha com adolescentes entre 15 e 17 anos. O programa, iniciado em 2001, envolve atualmente 700 jovens. Os adolescentes recebem uma bolsa de R$ 65 para aprenderem a ser cidadãos melhores e mais conscientes.
