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Senado deve votar recursos extras aos Estados em 65 dias

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Ao participar de reunião com governadores, senadores e líderes partidários, o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que o novo pacto federativo deverá ser concluído em até 65 dias. Um dos primeiros passos será a aprovação da distribuição da chamada cessão onerosa do pré-sal, com 15% dos recursos para estados e Distrito Federal, e outros 15% para municípios. A governadora Fátima Bezerra participou da reunião, na residência oficial do presidente do Senado, em Brasília.

Governadores e líderes de bancadas participam da reunião com o presidente do Senado


Governadores e líderes de bancadas participam da reunião com o presidente do Senado

Fátima Bezerra tinha afirmado, anteriormente, que o pagamento do décimo terceiro salário aos servidores estaduais depende da obtenção de recursos extras, entre os quais a parcela que pode caber ao Rio Grande do Norte na cessão onerosa. A parcela que deverá ser transferida ao Estado nesta distrituição ficará próxima de R$ 430 milhões.

“Eu vou trabalhar, com o apoio de todos os senadores, para que a gente possa resolver o pacto federativo nesse período de 60 a 65 dias de tramitação da reforma da Previdência. O Senado vai fazer o que tiver que ser feito para resolver a votação de todas essas matérias e vai cobrar da Câmara que as propostas sejam tratadas com celeridade, dada a importância dessas matérias. Um novo pacto federativo para dar tranquilidade aos estados”, afirmou Davi Alcolumbre.

A reunião na residência oficial da Presidência do Senado foi com os governadores e senadores da Frente Parlamentar Norte, Nordeste e Centro-Oeste. Davi afirmou que ficou acordado que esse novo pacto federativo será feito por meio de quatro propostas de emenda à Constituição (PEC) e três projetos de lei (PL).

Dentre os assuntos que serão tratados nessas propostas, explicou Davi, estão mudanças na Lei Kandir, para que os estados sejam autorizados a definir a política tributária referente às exportações; pagamento de R$ 4 bilhões pelo governo federal a estados e municípios referentes às desonerações da Lei Kandir em 2019; nova redistribuição dos recursos dos royalties do pré-sal; ampliação, por mais 4 anos, do prazo para que estados paguem precatórios; aprovação do PLP 459/2017, que trata da securitização da dívida ativa para estados, Distrito Federal e municípios; e aprovação do chamado Plano Mansueto (PLP 149/2019).

O presidente do Senado afirmou ainda que a descentralização do bônus de assinatura da cessão onerosa para estados e municípios será provavelmente de R$ 21 bilhões, cerca de 30% do que a União prevê arrecadar. Os valores serão distribuídos seguindo as regras adotadas pelo Fundo de Participação dos Estados (FPE) e Fundo de Participação dos Municípios (FPM). Essa votação deve ser finalizada já na semana que vem, disse o presidente.

“Nos últimos meses, o Senado tem se dedicado e tem colocado um olhar especial à tramitação de matérias importantes que irão compor o novo pacto federativo em relação à disposição do governo central de liberar recursos para estados e municípios”, disse o presidente do Senado.

“O presidente do Senado assumiu o compromisso de acelerar a pauta federativa, que vai trazer receitas extraordinárias para os Estados como a cessão onerosa, o bônus de assinatura e a aprovação imediata do Programa de Equilíbrio Financeiro para os Estados. Só com o programa, por exemplo, o RN vai ter acesso a um empréstimo na ordem de R$ 1,2 bilhão”, destacou Fátima Bezerra.

Participaram do encontro, além da governadora Fátima Bezerra, os governadores como Rui Costa (BA), Hélder Barbalho (PA), Renan Filho (AL), Belivaldo Chagas (SE), Ibaneis (DF), Mauro Carlesse (TO), Waldez Góes (AP), Camilo Santana (CE), Wellington Dias (PI), além de vice-governadores, senadores, secretários estaduais e deputados federais.
Principais pontos do novo pacto federativo:
Distribuição dos recursos do bônus de assinatura da cessão onerosa do pré-sal: R$ 10,5 bi para os estados (dos quais R$ 430 milhões deverão ser para o RN) e R$ 10,5 bi para municípios  ;

Distribuição para estados e municípios dos recursos da União da exploração do pré-sal — como royalties e participação especial — que será feita de forma progressiva, sendo 30% (R$ 6 bi) para os entes em 2020, chegando a 70% (R$ 32 bi) em 2029;

Aprovação do Plano de Equilíbrio Fiscal (Lei Mansueto), para o governo garantir, nos próximos quatro anos, empréstimos de até 40 bilhões (R$ 10 bi anuais) para estados e municípios ;

Pagamento de R$ 4 bilhões até o fim do ano pelo governo federal, a estados e municípios, referente às desonerações da Lei Kandir em 2019;

Alongamento do prazo para pagamentos de precatórios dos estados e dos municípios, de 2024 para 2028.

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