terça-feira, 16 de abril, 2024
25.1 C
Natal
terça-feira, 16 de abril, 2024

Sequestrador no RJ estava em surto

- Publicidade -

O jovem Willian Augusto da Silva, de 20 anos, estava em surto psicótico, nesta terça-feira, 20, quando sequestrou um ônibus na Ponte Rio-Niterói, permanecendo por três horas e meia com 39 reféns parados na altura do vão central, na pista sentido Rio. Willian acabou sendo morto por um atirador de elite da polícia carioca. As vítimas do sequestro foram resgatadas com vida. O governador do estado, Wilson Witzel, que concedeu coletiva à imprensa no início da tarde, considerou um sucesso a operação que terminou com a morte de Willian.

Sequestrador saiu do ônibus e acabou sendo atingido por atirador


Sequestrador saiu do ônibus e acabou sendo atingido por atirador
Segundo o comandante do Batalhão de Operações Especiais da Polícia
Militar (Bope), tenente-coronel Maurílio Nunes, que foi o responsável
pela ação, as negociações por telefone não avançaram e a psicóloga
presente no local identificou em William um perfil psicótico, o que,
segundo ele, levou a polícia a iniciar a “negociação tática” que
culminou nos disparos fatais. “No contato, ele alegou que queria se
matar, iria se atirar da ponte, estava difícil manter a negociação, ele
saiu do ônibus e apontou a arma para uma vítima (…)”.

“Tivemos que usar atiradores de elite para neutralizar um homem que ameaçada dezenas de vidas. Eu estive no local, subi no ônibus e vi que havia um cheiro forte de gasolina. Ele pendurou no teto do ônibus garrafas PETcortadas com gasolina e tinha um isqueiro na mão quando foi abatido. Durante a negociação ele demonstrou uma perturbação mental e disse que queria parar o Estado”, disse Witzel.

A Polícia Civil está investigando se o sequestrador teve ajuda de alguém no planejamento ou execução do crime. Silva permaneceu por três horas e meia com 37 reféns parados na altura do vão central, na pista sentido Rio. Os passageiros foram ouvidos durante essa tarde na Delegacia de Homicídios de Niterói e São Gonçalo (DHNSG).

O diretor da Divisão de Homicídios, delegado Antônio Ricardo, confirmou que todas as hipóteses, incluindo a possível participação de outras pessoas, estão sendo analisadas. “A investigação começou agora. É prematuro darmos uma posição neste sentido, mas não descartamos essa hipótese”, respondeu o delegado aos jornalistas, à saída da DHNSG.

Antônio Ricardo disse que Willian não tinha antecedentes criminais. Segundo o delegado, as pessoas ainda estavam bastante abaladas emocionalmente após ficarem por todo o período dentro do ônibus.  “As vítimas estavam muito nervosas, mas conseguimos acalmá-las e orientá-las. Elas tiveram toda a assistência possível, inclusive psicológica. Sem dúvida foi um episódio muito traumático, mas fizemos de tudo para isso se minimizasse para essas vítimas”, contou o delegado. Apesar dos depoimentos terem sido prestados na DHNSG, as investigações posteriores passarão a ser feitas pela Delegacia de Homicídios da cidade do Rio de Janeiro.

*Matéria atualizada às 09h46 de 21 de agosto para acréscimo de informações

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas