O servente de pedreiro Sérgio de Oliveira Lima, 24 anos, foi assassinado com três tiros por volta das 4h de ontem após sair de uma seresta no bairro de Cidade Nova. Segundo testemunhas, entre elas, um primo dele que o acompanhava na volta para casa, a vítima havia brigado com um dos autores do crime uma hora antes.
O primo de Sérgio Lima preferiu não se identificar temendo ser morto. Mas deixou claro que os três homens seriam integrantes da torcida “Máfia Vermelha”. O servente de pedreiro vestia uma camisa da torcida organizada rival – a “Garra Alvinegra”. A vítima saiu da Seresta do Keké, percorreu parte da avenida Central quando foi abordado pelos três homens que teriam dito: “é ele mesmo”.
O operário estava acompanhado de uma mulher que conhecera na seresta no momento que sofreu os dois primeiros tiros – um na perna e outro no tórax – e mesmo baleado correu para escapar dos criminosos. Perseguido, ele caiu na calçada da Creche Municipal Saturnina Alves, em Cidade Nova, onde foi alvejado na cabeça. Os moradores falam em execução. O primo, que caminhava alguns metros à frente de Sérgio Lima, fugiu com a namorada e não viram para onde foi a mulher que acompanhava a vítima.
De acordo com as testemunhas, havia mais de um homem armado, provavelmente com pistola. Sérgio Lima deixou mulher e filho. A família conta que a mãe do pedreiro pedia com freqüência para que ele não vestisse a camisa com a qual foi assassinado temendo algum tipo de violência. Mas, segundo parentes, ele saía com a roupa escondida e vestia quando resolvia ir aos estádios de futebol para assistir aos jogos do time para o qual torcia.
A informação colhida no local do crime é de que os autores residem em Felipe Camarão, bairro vizinho a Cidade Nova. A Polícia Militar chegou ao local do crime menos de uma hora depois.
O assassinato de Sérgio de Oliveira Lima entra para a lista de inquéritos policiais que apuram supostas relações com a rivalidade entre as torcidas organizadas em Natal. O último caso sob investigação ocorreu no dia 13 de janeiro passado, quando o adolescente Paulo Cassiano Alves Silva, 15 anos, foi espancado até a morte no bairro do Alecrim.
