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Serviço de saúde é precário e não chega a toda a população

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Num dos bairros mais carentes de Macau, o Navegantes, há mais de um mês o Programa Saúde da Família (PSF) não oferece clínico geral a quem recorre à unidade. A farmácia estava abastecida e a dispensação de medicamentos não é um problema. Entretanto, todos os atendimentos e até mesmo a prescrição de remédios a quem estava sendo atendido na manhã da quarta-feira passada, era feita por uma enfermeira, diante da ausência do clínico geral. A gerente da unidade, que se identificou apenas como Claudiana, disse que todos os pacientes que não queriam ser atendidos pela enfermeira, eram orientados a procurar a Secretaria de Saúde.

Clarisse Pereira da Silva, mãe de Miqueias Fernandes, de 11 meses, foi uma das que procurou atendimento e não conseguiu. “Não tem clínico e o pediatra não veio”, relatou. Já no PSF do Porto 1 e 2, na região central de Macau, a escala de médicos, segundo o diretor Jezreel Paula de Aquino, estava completa com médicos, enfermeiros e, ainda, com a farmácia abastecida. No Hospital Antônio Ferraz, também em Macau, a diretora Ana Paula de Souza Leite não se encontrava e a entrada da equipe de reportagem não foi permitida. Entretanto, os funcionários relataram que tudo estava funcionando bem, sem nenhum problema mais significativo.

#SAIBAMAIS#Em Guamaré, o Hospital Municipal Manoel Lucas de Miranda dispõe de uma estrutura invejável, quando comparado com outras cidades com o mesmo número de habitantes. Com 38 leitos, a unidade realiza atendimentos clínicos e realiza partos normais. Entretanto, os casos mais graves ainda são encaminhados para hospitais como o Santa Catarina e Clóvis Sarinho, em Natal. De acordo com o secretário municipal de Saúde, Adriano Diógenes, uma equipe de funcionários receberá treinamento para operacionalizar o Centro Cirúrgico, que deverá entrar em operação em breve.

“Hoje nós temos um serviço de referência regional. Temos 80% de resolubilidade em nossos serviços via SUS, quando a média brasileira é de 56%. Toda nossa população é coberta pelo atendimento básico de Saúde”, enfatizou Adriano Diógenes.

Municípios gastaram mais de R$ 13 milhões com festas

Os vultosos investimentos das Prefeituras Municipais de Guamaré e Macau em contratações de shows locais e nacionais, estruturas de palco, som e iluminação consumiram, de 2008 a 2012, aproximadamente R$ 13 milhões. O  inconsequente dispêndio do dinheiro público em festividades gratuitas, numa espécia de “política de pão e circo elétrico”, resultaram numa investigação sigilosa, instaurada pelo Ministério Público Estadual, que consumiu dois anos em juntada de provas, depoimentos, quebras de sigilo fiscal, bancário e telemático que culminou com a deflagração da Operação Máscara Negra, no dia 9 deste mês.

 Os desvios de recursos dos cofres públicos com as fraudes aplicadas, principalmente, na contratação de artistas locais e nacionais pelos dois municípios, somam aproximadamente R$ 2,9 milhões. De acordo com as investigações do órgão ministerial, através do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ocorriam contratações superfaturadas sem o cumprimento da Lei de Licitações e comprometendo até 90% das receitas recebidas através do repasses dos royalties em decorrência da exploração de petróleo nas águas e no solo dos mencionados municípios.

 Além desta fonte de recursos, as Prefeituras investigadas empregavam até 70% das verbas do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), repassados pela União, no pagamento dos cachês de bandas e demais serviços contratados.  Foram presos o ex-prefeito de Guamaré, Edilson de Borba Cunha, servidores municipais de Guamaré e Macau, além de empresários do setor de eventos e decoração. Todos, porém, foram postos em liberdade nesta sexta-feira, 19. As investigações seguem no âmbito do MPE.

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