Servidores da Companhia de Águas e Esgotos do Rio Grande do Norte (Caern) saíram às ruas em passeata, ontem pela manhã, em protesto à situação salarial. Em meio a uma extensa pauta de reivindicações, com 40 cláusulas, a categoria exige reposição de 22%, referente às perdas acumuladas desde 1995, Plano de Cargos e Salários e uma política de segurança e saúde no trabalho.
Durante todo o dia de amanhã os trabalhadores da parte administrativa vão suspender o serviço. Vai ser mantido funcionando apenas o setor de água e esgoto, onde atuam 30% dos 1.600 servidores. No dia 1º, quinta-feira da próxima semana, a categoria se reúne em assembléia para avaliar a contra-proposta da direção da Caern para as reivindicações apresentadas. Caso os servidores não fiquem satisfeitos, será votado indicativo de greve, com a possibilidade de paralisação por tempo indeterminado.
Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores na Produção e Distribuição de Água e em Serviços de Esgotos e Meio Ambiente no RN (Sindágua-RN), Samuel Faustino de Lima, as negociações estão transcorrendo desde abril e até aqui nada de avanços. “Nossa pauta tem 40 cláusulas e a direção da Caern só apresentou contra-proposta para três delas, mesmo assim muito aquém do que desejamos. Se não houver avanço, votaremos o indicativo de greve no dia 1º”, disse Samuel, informando que na segunda e terça-feira os servidores de Caicó, Mossoró, Pau dos Ferros e Assu também realizam assembléias para discutir o assunto.
Com relação à questão salarial, os servidores estão pedindo 22% de reposição para compensar as perdas acumuladas nos últimos 10 anos. No entanto, o que a diretoria da Caern oferece não chega a 5%, segundo informou o presidente do Sindágua.