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Servidores denunciam caos na saúde pública no Estado

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RECLAMAÇÕES - Manifetantes requerem investimentos urgentes no setorO dia Mundial da Saúde foi marcado por um protesto organizado pelas representações sindicais que durante passeata pelas ruas do Centro denunciavam o desprezo dos governos federal, estadual e municipal em relação à saúde.

Segundo Simone Dutra, diretora do SindSaúde, a situação observada nas unidades de saúde pública é bastante calamitosa. População e trabalhadores enfrentam  todo tipo de dificuldade que vai da falta de material para execução de procedimentos simples a superlotação dos leitos. “Em algumas postos de saúde, além de aparelhos e material, faltam médicos, enfermeiros e pessoal de apoio. Para completar, o governo federal cortou 5 bilhões das verbas do Ministério da Saúde destinadas para este ano. E quando essas verbas chegam aqui no Estado os governantes comprometem 60% com a rede privada. Em vez de investimento temos é o fechamento de unidades como a maternidade de Lagoa Seca que resultou na superlotação de gravidas no hospital Santa Catarina. Realmente não temos o que comemorar hoje”, disse Simone Dutra.

Sandro Pimentel, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhodores do Ensino Superior (Sintest-RN), reclama da exploração dos funcionários dos três hospitais-escola da UFRN. Segundo ele, os servidores além de trabalharem em um regime de 40 horas semanais, ainda são obrigados a cumprirem uma escala de plantão de 12 horas. Ele também denuncia que a partir de 1º de maio, o governo federal vai cortar as refeições dos plantonistas. “Não temos aumento salarial, o plano de cargos e salários tem muitos problemas e os poucos benefícios estão sendo cortados. É o princípio da privatização da saúde pública”, disse.

Para Francisco Maia, presidente do sindicato dos servidores da Previdência Social (SindPrevs-RN), o caos está estabelecido em todos as instituições que direta, ou indiretamente tem alguma ligação com a área da saúde. “Tanto o governo federal, como o estadual e o municipal não estão preocupados com a saúde, o que acaba prejudicando a população e os trabalhadores. No caso dos servidores da Previdência, falta condições de trabalho, concurso público para contratação de pessoal para atender à demanda, e discussão do plano de cargos e salários”.

O movimento se concentrou em frente a sede do Ministério da Sáude, na avenida Rodrigues Alves, onde promoveram um ato público denunciando do descaso com a saúde, logo em seguida, saíram em passeata tendo como alvo o prédio do INSS, as secretarias estadual e municipal de saúde, finalizando com outro ato público em frente à Assembléia Legislativa, onde Adelmaro Cavalcanti, secretário de Saúde, representantes da área médica do Estado, profissionais da UFRN, representante da SMS e usuários em geral participavam de um debate sobre “Os desafios do Sistema Único de Saúde – SUS”.

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