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Servidores do Detran iniciam paralisação

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DETRAN - Servidores param por tempo indeterminadoFoi iniciada ontem a paralisação do Departamento Estadual de Trânsito do RN (DETRAN-RN), que terá  tempo indeterminado. A greve é em defesa da reposição de perdas salariais e a realização de concursos públicos.

Há mais de quatro anos não é feito reajuste de salários dos trabalhadores do órgão. A reivindicação é de aumento de 47%. Para o Diretor do Sindicato dos Trabalhadores da Administração Indireta (SINAI) e representante da Federação Nacional dos Trabalhadores de Transito (FENATRAN), Alexandre Guedes, “esse é o valor mais justo para repor as perdas de tantos anos”.

Quanto ao quadro funcional, hoje o número de funcionários efetivos é de 287, para cerca de 500 estagiários. Desde 1977 não é feito concurso público para a contratação de pessoal. “Tememos que a categoria seja extinta”, diz Lúcia Costa, presidente da Associação dos Servidores do DETRAN (ASTRAN).

Alexandre explica que a pauta com as propostas foi apresentada no dia 24 de fevereiro. Sem respostas, marcaram diversas audiências com o secretário de administração do estado, Paulo César Medeiros, e já chegaram a fazer duas paradas de advertência, uma em 05 e outra no dia 26 de abril. Ainda sem obter resultados, viram na greve a melhor maneira de conseguir alcançar seus objetivos.

Os inativos também uniram-se à greve, mas os estagiários continuam trabalhando. “Só que a entidade sai prejudicada, porque eles não têm a mesma experiência e o mesmo conhecimento que a gente (efetivos)”, diz Lúcia. Os setores que funcionam com serviços terceirizados também não foram paralisados, como o de vistoria. Valdemiro Junior, vistoriador, trabalha normalmente, e explicou: “estou à disposição do DETRAN, mas sou da Datanorte prestando serviço aqui”.

A assistente social Erinete de Aquino conta que, apesar de um resultado positivo representar uma vitória para a classe, ela pode sair prejudicada. “Vim fazer a renovação da carteira de motorista, mas o setor não está funcionando, então só vou poder fazer a vistoria do carro”.

Eduardo Gomes, empresário, é da mesma opinião. “Só espero que a polícia entenda a situação  e que eu não fique detido numa blitz ou receba multa por estar com o documento vencido. A culpa não é minha”, reclama.

Mesmo assim, Lúcia Costa acha que a população está a favor dos funcionários. Para ela existe a compreensão da sociedade de que há uma grande contradição entre as taxas exorbitantes cobradas pelo órgão de trânsito e o não aumento do salário dos servidores.  O diretor do Departamento, Carlos Theodorico de Carvalho, diz que a pauta de reivindicações está sendo analisada por Paulo César Medeiros e que “a resposta não deve tardar demais a sair, pois já foi entregue há quinze dias”. O secretário não foi encontrado.

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