sábado, 20 de abril, 2024
25.1 C
Natal
sábado, 20 de abril, 2024

Servidores dos Correios fazem caminhada de protesto

- Publicidade -

Os funcionários dos Correios do Rio Grande do Norte paralisaram ontem as atividades, numa ação dentro do movimento contra a privatização. Eles se reuniram em frente ao Edifício Sede do órgão, na Ribeira, zona Leste de Natal. A greve é uma resposta dos trabalhadores contra a possibilidade de privatização dos Correios, anunciada pelo governo federal. Além disso, os servidores cobram o reajuste salarial por meio da inflação e a manutenção de cláusulas do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT).

No movimento desta quinta-feira, os servidores planejaram uma caminhada do Edifício Sede até a agência dos Correios da avenida Rio Branco, na Cidade Alta. De acordo com José Edilson, presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Correios do RN (Sintect-RN), a intenção é conscientizar a população sobre a importância do órgão e como a privatização seria prejudicial à sociedade. “Com a privatização a sociedade vai pagar preços mais altos e vai perder as agências no interior que servem de banco postal, tendo o atendimento prejudicado.” afirmou o sindicalista.

Os funcionários dos Correios também cobram o reajuste do salário de acordo com a inflação, que segundo o Sintect-RN, já deveria ter sido acertado. Além disso, os trabalhadores afirmam temer por seus empregos, já que são concursados, e com a privatização poderiam ficar sem trabalho ou perder direitos.

Ainda segundo os sindicalistas, 80% dos funcionários dos Correios no Brasil aderiram à greve, e só no Rio Grande do Norte, mais de 80 agências estão fechadas. No entanto, a empresa afirma que no Estado, cerca de 83% dos servidores continuam trabalhando normalmente para não haver prejuízo no atendimento à população.

Na última quarta-feira (11), os Correios entraram com ação de dissídio coletivo no Tribunal Superior do Trabalho (TST), que marcou uma audiência de negociação entre os representantes dos trabalhadores e da empresa para a tarde desta quinta-feira. Caso não haja acordo na reunião, o tribunal irá decidir pela legalidade ou não da greve.

A direção dos Correios informou que a empresa está “executando um plano de saneamento financeiro para garantir sua competitividade e sustentabilidade” e que negocia com os trabalhadores desde julho, mas as federações teriam apresentado reivindicações que superam até mesmo o faturamento anual da empresa. Ainda de acordo com os Correios, o seu prejuízo acumulado está atualmente na ordem de R$ 3 bilhões.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas