A Câmara Municipal de Mossoró realizou ontem debate sobre a crise financeira da Prefeitura e o impacto desse problema no Município. A audiência pública, entretanto, transformou-se em queda-de-braço entre a Prefeitura e servidores públicos municipais, que alegam prejuízos decorrentes de medidas de contenção de despesas.
A reunião foi antecedida por protesto de funcionários em frente à Câmara. Eles se dizem prejudicados em seus salários. A Prefeitura nega. Após a mobilização, dezenas de servidores lotaram as galerias do plenário para assistir à audiência pública, proposta pelo vereador Jório Nogueira (PDT) e que foi adiada da semana passada para esta quarta-feira.
Participaram os secretários Canindé Maia (Planejamento e Finanças), Manoel Bizerra (Administração e Gestão de Pessoas), Anselmo Carvalho (Procurador-geral do Município), vereadores, representantes do Sindicato dos Servidores Públicos Municipais (Sindserpum) e Sindicato dos Servidores da Saúde (Sindsaúde – Regional de Mossoró).
Os sindicalistas e os vereadores de oposição criticaram a Prefeitura por medidas de contenção de despesas que, segundo eles, prejudicam o servidor público municipal. Os secretários justificaram as decisões e as atribuíram à necessidade de economia para adequar a Prefeitura ao momento de dificuldade, devido à crise financeira internacional.
A Câmara atuou como mediadora do debate, intermediando o diálogo entre os funcionários e a Prefeitura, na audiência pública, e propiciando apresentação de diferentes pontos de vista, segundo o presidente da Casa, Claudionor dos Santos (PDT). “O Legislativo cumpriu seu papel na busca por um consenso entre as partes em prol do município”, avalia o vereador.