Este ano, outros protestos foram realizados em Natal, acompanhando
pauta nacional, contra o contingenciamento na educação
A presidente do Sindicato dos Servidores da Administração Direta do Estado (Sinsp-RN), Janeayre Souto, destaca que o movimento cobra, também, um aumento de 16% nos salários dos servidores, além da realização de concursos públicos para diversas áreas que se encontram com déficit de profissionais. Ela citou, como exemplo, o fato de que o último concurso para nível médio no RN foi feito há 30 anos, o que vem contribuindo para o aumento de terceirizados no Estado, que já chega a 11 mil e compromete a arrecadação para a previdência estadual.
A questão do pagamento dos salários em atraso dos servidores do Estado permanece em impasse. O Governo contava com a antecipação da venda dos royalties de petróleo e gás para realizar o pagamento da dívida mas, a única proposta que foi apresentada estava com um valor abaixo do mínimo esperado pelo Estado.
De acordo com o presidente do Sindicato dos Auditores Fiscais do RN (Sindifern), Fernando Freitas, o Governo apresentou um aumento de cerca de R$ 100 milhões na sua arrecadação própria entre os meses de janeiro e julho de 2019 em relação ao ano anterior. O aumento, que corresponde a 5,6% do orçamento, no entanto, ainda não foi suficiente para que o Estado apresentasse uma solução para o pagamento dos servidores. De acordo com o presidente do sindicato, as soluções que foram propostas pelo Governo dependem de uma série de fatores para serem aprovadas, como a antecipação de receitas dos royalties.
Educação
Professores, servidores e estudantes da rede federal de ensino aderem à paralisação nacional em protesto contra as medidas de contingenciamento na educação nesta terça-feira (8). Em Natal, a mobilização acontece às 15h, no cruzamento entre as Avenidas Salgado Filho e Bernardo Vieira, próximo ao Shopping Midway Mall, na Zona Sul. De acordo com a Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), após a concentração, a partir das 16h, o ato se desloca até a Árvore de Mirassol.
Em virtude da paralisação, na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) fica a critério de cada departamento a suspensão das atividades, visto que o calendário acadêmico será mantido, assim como as atividades administrativas da reitoria. Assim como na UFRN, no Instituto Federal do Rio Grande do Norte (IFRN), fica facultada a cada diretoria dos 21 campi a decisão da adesão ou não do ato.
De acordo com a Associação de Docentes Universitários do Rio Grande do Norte (ADURN Sindicato) a paralisação também é contra o projeto Futura-se, programa apresentado no mês de julho pelo Ministério da Educação que visa dar mais autonomia às instituições federais em decorrência ao contingenciamento de verbas. Além disso, a reforma da Previdência também é pauta do ato.
Trânsito
Em relação ao trânsito, a STTU informou que a partir das 14h, o cruzamento entre a avenida Salgado Filho e a avenida Almirante Alexandrino de Alencar vai estar interditado.
De acordo com o inspetor Carlos Eugênio, da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (STTU), os agentes ainda não possuem informações se o ato vai sair em caminhada ou se ficará parado no cruzamento entre as avenidas Senador Salgado Filho e Bernardo Vieira.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) convocou dez equipes para para controlar o trânsito durante todo o percurso da manifestação, tendo como objetivo garantir a segurança dos manifestantes e dos motoristas que estiverem transitando pela rodovia, a partir do Complexo Quarto Centenário. Segundo a PRF, o trânsito sofrerá desvio do eixo principal para marginal, onde segue o fluxo normalmente. Ao fim do ato, próximo às 19h, o viaduto de Ponta Negra será interditado e rotas de desvio serão sinalizadas.