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Sesap abre inscrições para concurso com 2.450 vagas

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A Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap) abriu ontem (19) inscrições para o concurso da saúde, cujas provas serão realizadas no próximo dia 23 de maio. Ao todo serão ofertadas 2.450 vagas. Das quais 578 para médicos, em 30 especialidades; 391 para cargos de nível superior (enfermeiro, farmacêuticos, biomédico e farmacêutico bioquímico); e outras 1.481 vagas para cargos de níveis médio. O certame busca  melhorar a prestação do serviço à população e suprir o déficit de profissionais em 17 municípios localizados nas regiões  Metropolitana de Natal, Agreste, Oeste, Alto Oeste, Mato Grande, Seridó e Potengi.

As inscrições podem ser feitas até o dia 4 de maio, por meio do endereço eletrônico da empresa organizadora do concurso Funcab, www.funcab.org. A  taxa de inscrição será de R$ 60,00 (sessenta reais), para os cargos de nível médio e R$ 95,00 (noventa e cinco reais) para os de nível superior.  Ao se inscrever, o candidato deverá indicar a região em que pretende atuar. A concorrência por vaga será entre os candidatos de cada região.

O número de vagas e disposição de especialidades por localidade, de acordo com o subcoordenador de gestão do trabalho da Sesap Eliseu Andrade, obedecem a um levantamento feito pela secretaria para identificar carências. Além do déficit nestes hospitais, o concurso busca aportar os profissionais contratados temporariamente, cujos contratos terminam até julho e não poderão ser renovados e os que estão para se aposentar. O estudo identificou uma defasagem maior nos hospitais de alta complexidade da capital,  Parnamirim, Macaíba, São José do Mipibu, que atendem uma demanda maior de pacientes de todos os lugares do Estado. Entre as especialidades médicas com maior necessidade, estão a neurocirurgia, com oferta de 14 vagas, neurologia infantil (7) e anestesiologista (80).

A insuficiência de profissionais nestas especialidades se deve a dois fatores, segundo o subcoordenador, carência de mercado e baixos salários. “Há uma dificuldade em encontrar profissionais e os valores não são atrativos. Esperamos reverter esta situação”, observa Andrade.

O concurso prevê para os médicos, com carga horária de 40 horas semanais, salário base de R$ 2.100,00, mais gratificação por alta complexidade de R$ 1.100,00, podendo os rendimentos chegar a R$ 5 mil, de acordo com o deslocamento e especialidade. Para os cargos de nível superior, o salário base é de R$ 1.050,00 e gratificação de R$ 350,00, por atividade estadual. A remuneração para os cargos de nível médio é de R$ 530, salário base, mais R$ 270, de gratificação.

Os valores serão reajustados em 21% para os médicos e em 20,75% para os demais servidores da saúde, a partir de junho quando entra em vigor a lei número 423, de 31 de março de 2010. O aumento, que pôs fim à greve da saúde, será dividido em 15% em junho e o restante em dezembro deste ano.

Apesar de melhor distribuído e planejado, o presidente do Sindicato dos Médicos (Sinmed) Geraldo Ferreira, não crê que todas as vagas sejam preenchidas. Isto porque, nas especialidades consideradas “gargalos” – como anestesiologia, neurologia, ortopedia, neurologia, terapia intensiva, cirurgia geral e neonatologia – o patamar salarial é superior ao proposto, mesmo já computado o reajuste  conquistado durante a paralisação.  Por 12 plantões, um cirurgião ortopédico receberá do Estado R$ 6 mil. Na rede privada ou como temporário contratado pela Sesap, o valor por plantão é de R$ 1 mil. “Basta saber se a estabilidade do emprego público é, para estes médicos, suficiente para compensar os salários praticados”, avalia Ferreira. As vagas para ortopedistas, segundo ele, é insuficiente para as cidades de Mossoró, Caicó e Pau dos Ferros, onde o problema deve continuar.

“Esperamos que o mais relevante seja o domínio e conhecimento específico dentro da área de formação”. A prova de informática foi responsável por alto índice de reprovação em 2008.

Profissionais aprovam o número de vagas

Os profissionais da área de saúde aprovaram o levantamento feito pela Sesap que norteou a quantidade de vagas. Embora reconheçam que haveriam ainda mais a contratar e locais a serem incluídos, a elaboração a partir da necessidade real de cada município agrega  “seriedade” a um dos  pontos chaves na solução dos problemas da saúde. Segundo o enfermeiro José Edson Cavalcanti de Andrade, professor de enfermagem da Fatern, o último concurso não esclarecia quais situações “crônicas” da saúde do Estado se propunha a  sanar. Além de um número reduzido de vagas, as provas passadas também mereceram críticas. “Eles primaram por assuntos básicos que são vistos nos primeiros anos de faculdade, para quem já está no mercado há tempos foi um balde de água fria. Porque não avalia de fato”, disse. O enfermeiro, que não conseguiu se classificar da última vez, está há mais de um ano estudando. “É a busca pela estabilidade financeira”, disse. O reajuste salarial da categoria deverá aquecer ainda mais a concorrência. Apesar de restringir a disputa por região, no ato da inscrição, o candidato acredita numa presença maciça de profissionais de outros Estados.

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