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Sesap estuda alternativas para transferir pacientes do hospital Ruy Pereira

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Após a renovação do contrato de aluguel do prédio que abriga o Hospital Estadual Ruy Pereira dos Santos, em Natal, a Secretaria do Estado de Saúde Pública (Sesap) estuda alternativas para, gradativamente, transferir pacientes e serviços que atualmente operam no local para outras unidades. De acordo com a Secretaria, o prédio apresenta uma série de problemas estruturais, apontados em uma vistoria feita pelo Corpo de Bombeiros, que comprometem a segurança de pacientes e funcionários no prédio.

Quadro de energia tem como parte da porta um pedaço de compensado, material inadequado


Quadro de energia tem como parte da porta um pedaço de compensado, material inadequado

De acordo com Petrônio Spinelli, adjunto da Sesap, a decisão de renovação do contrato de aluguel do imóvel por mais um ano foi tomada diante da falta de alternativas existentes no Estado, nesse momento, para transferência dos pacientes para outras unidades hospitalares. “A decisão de renovar foi tomada em função de não haver uma alternativa sustentável, com hospitais estruturados para receber esses pacientes”, afirma Spinelli.

Inaugurado em 2010, o Hospital Estadual Ruy Pereira é referência em cirurgias vasculares. Ele dispõe, quando em pleno funcionamento, de 80 leitos clínicos de enfermaria e 10 leitos de UTI. Há, no momento, duas alternativas em estudo pelo Estado.

A primeira é junto ao Hospital Onofre Lopes, que dispõe de novos leitos de UTI e aguarda a finalização de um concurso público para a contratação de funcionários. A segunda, por sua vez, diz respeito ao Hospital da Polícia Militar, para o qual o Estado vai destinar R$ 7 milhões, já liberados, para a adequação da estrutura da unidade.

A estrutura do Hospital Ruy Pereira está comprometida em vários pontos, e a Sesap afirma se preocupar com a segurança dos pacientes, muitos internados em situação grave. O último laudo emitido pelo Corpo de Bombeiros, a partir de um pedido feito pela Secretaria, aponta que faltam na estrutura áreas de refugo, estacionamento, uma brigada técnica e saídas apropriadas para que as pessoas possam ser retiradas em caso de emergência.

O laudo, no entanto, não revela toda extensão dos problemas que a estrutura do Hospital apresenta. De acordo com o CBM, o pedido para uma vistoria adequada teria que partir do proprietário do imóvel, e não da secretaria de saúde.

“Nós tomamos um conjunto de medidas para tentar, dentro do mundo real, diminuir os riscos, mas com a consciência de que a eliminação desses riscos depende de um investimento muito alto dentro do Hospital”, afirma Spinelli. Em uma estimativa preliminar feita pela Secretaria, acredita-se que seria necessário um investimento de pelo menos R$ 3 milhões para sanar os problemas que já foram identificados pelos Bombeiros.

“O nosso foco tem que ser garantir a assistência. Mas precisamos pensar que essa assistência tem que ser com segurança, e esse hospital tem um conjunto de itens que são percebidos por qualquer pessoa que vá lá, não precisa ser especialista, que comprometem a estrutura”, diz Spinelli.

A TRIBUNA DO NORTE entrou em contato com o proprietário do Hospital, que se prontificou a responder os questionamentos da reportagem, mas não poderia fazê-lo nesta terça-feira (17) por questões de agenda.

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