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Sesap faz apelo para pais vacinarem filhos contra a poliomielite

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Ícaro Carvalho
Repórter
Faltando menos de dez dias para o fim da campanha de vacinação contra a poliomielite, o Rio Grande do Norte vacinou apenas 25% do público-alvo, que são crianças de 1 a 4 anos, 11 meses e 29 dias. O Ministério da Saúde preconiza que seja atingida a marca dos 95% de cobertura vacinal. A Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap/RN) reforça a importância da vacinação e pede que pais e mães imunizem seus filhos. A campanha vai até o dia 30 de outubro.
No Rio Grande do Norte, representante da Sesap faz apelo para que pais levem os filhos aos Postos de Saúde para receberem vacina
“Estamos apreensivos, porque é pouco tempo para irmos em busca desses 70% restantes das crianças. A pólio é uma vacina de boa adesão, a vacina da gotinha. Acreditamos que, até o dia 30, esse número vá melhorar e a gente possa alcançar nossa meta”, comenta Iracy Nestor, técnica do Programa Estadual de Imunização da Sesap/RN. A meta no Estado é que pelo menos 189.700 mil crianças sejam vacinadas.
Em Natal, o número informado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS/Natal) foi de que 6.147 crianças se vacinaram no último Dia D, que aconteceu nacionalmente no sábado (17). O número corresponde a 14% do alvo estabelecido pelo Ministério da Saúde. A meta na capital potiguar é vacinar pelo menos 40 mil crianças para a poliomielite.
A aplicação de vacinas em crianças no Rio Grande do Norte vêm apresentando queda nos últimos anos, cenário que têm se repetido nacionalmente. As autoridades em saúde alertam que somente a vacinação pode evitar que doenças reapareçam, como o caso da poliomielite, que não registra casos no Brasil desde 1990, e o sarampo, que voltou após 19 anos ao Rio Grande do Norte, com caso registrado em 2019. 
Segundo Iracy Nestor, alguns aspectos podem justificar a queda na cobertura vacinal no Estado, entre eles: o fato das gerações recentes não terem convivido com certas doenças, como a poliomielite. “Outro fator é o desconhecimento da importância da vacina. Você vê que hoje temos, no calendário vacinal, 19 vacinas disponíveis de maneira geral. Mas só para criança menor de anos são 7 vacinas. Mas isso não significa dizer que você vai lá tomar de uma vez. Para cada uma, tem idade e doses. Esse número de vezes que a mãe precisa ir à unidade para que a criança tome a vacina requer uma série de fatores que nem sempre são atendidos. A sala não está aberta, o vacinador não está lá, ou tem agendamento e a mãe não sabe, não tem a dose. São as queixas que escutamos”, relatou.  
Segundo a Sesap/RN, no momento não há vacinas em falta no estoque da Secretaria, que administra e repassa as doses adquiridas pelo Ministério da Saúde. No ano passado, o Estado chegou a registrar a falta da pentavalente, num cenário de dificuldade em todo o Brasil. À época em que a vacina foi comprada, as doses não haviam sido aprovadas nos testes da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Natal
A diretora do Departamento de Vigilância à Saúde de Natal, Juliana Araújo, também informou que não há vacinas em falta na capital, mas alerta que os gestores dos Distritos não devem esperar os estoques chegarem perto do fim para informarem à Secretaria Municipal de Saúde. Recentemente, em virtude do Dia D, que aconteceu no último sábado, 17, houve reforço de doses nas Unidades Básicas de Saúde da capital.
Adultos
Os adultos também precisam se vacinar contra uma série de infecções, segundo as autoridades sanitárias. Segundo o calendário vacinal do Ministério da Saúde, as vacinas para adultos e idosos são a da Hepatite B, Difteria, Tétano (dT), Tríplice Viral (Sarampo, Caxumba, Rubéola) e Influenza (vírus da gripe).
De acordo com Juliana Araújo, é importante que os adultos continuem se imunizando e se cuidando. Aliado a isso, em virtude da pandemia de coronavírus, é preciso que os usuários estejam com a imunidade alta.
“É buscar, dentro do nosso calendário vacinal, da criança, do adolescente e do adulto, quais as vacinas que têm direito e ser vacinado no posto mais próximo da sua vida cotidiana. É importante para que não tenhamos reintrodução de doenças que já foram eliminadas e muito menos que tenhamos imunidade baixa para ser acometido por outros problemas de saúde, inclusive para o vírus da covid que circula ainda”, declarou Juliana Araújo.
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