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SESC de Ponta Negra está à venda, mas valor é omitido

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COLETIVA - Marcantoni Gadelha anuncia a venda da unidadeSe até semana passada não havia nenhuma decisão sobre a venda do balneário de Ponta Negra, ontem a equipe do SESC, diretores e representantes da Federação do Comércio do RN (FECOMÉRCIO) anunciaram que a venda está oficialmente aberta. Com o lucro que eles obterão, a intenção é construir um novo balneário, mas na Zona Norte, de preferência próximo à praia.

O diretor regional do SESC, Marconi Marinho, explicou que a área de Ponta Negra vem crescendo no setor turismo e, durante os mais de 30 anos do balneário, o perfil dos freqüentadores mudou muito. “Antes o número de comerciários no local era muito bom. Hoje, entretanto, entre 70% e 80% são apenas usuários e não trabalhadores do comércio e serviços”, diz ele.

Ele também afirma que o local se tornou inviável aos objetivos do SESC. “A piscina é bastante limitada, o almoço ainda é de grande uso dos comerciários, mas não podemos mais realizar eventos no local, como já fizemos grandes carnavais e noites de ano novo, pois há limitações em relação ao barulho e poucas vagas de estacionamento no local”, retrata Marconi.

Para justificar, ele afirma que a empresa é de direitos privados e subsidiada pelos comerciários que recebem um desconto de 1,5% na folha de pagamento deles. Isso é destinado à manutenção do SESC e SENAC. A zona Norte de Natal é onde mora a maioria dos comerciários da cidade, de acordo com Marconi. “Desse modo, optamos pela venda do balneário em Ponta Negra, para abrir um novo, onde nossos sócios possam usufruir mais. Não é justo manter um local voltado e subsidiado pelo comércio mas que é majoritariamente usada por pessoas fora do meio”, finaliza Marconi.

A equipe tem estudos do valor do local, mas prefere não divulgá-los, pois até o dia 14 de março esperam receber ofertas de compra e irão selecionar a maior delas. Entretanto, dá para imaginar o valor de acordo com o preço do metro quadrado do local, que em Ponta Negra é o mais caro de Natal atualmente, R$ 3.200,00. Além disso, o SESC pretende gastar até o fim desse ano cerca de R$ 13,1 milhões em todas as unidades do estado. Dentro disso, R$ 9 milhões na nova unidade.

O presidente do Conselho Regional do SESC, Marcantoni Gadelha, explica que não tem condições de manter as sete unidades de Natal e ainda construir mais uma. “O que obtivermos com a venda, será repassado à compra do terreno na zona Norte e construção do novo balneário. Os usuários de Ponta Negra podem se deslocar para outras unidades, como a de Potilândia”, diz ele.

Eles esperam adquirir um terreno na zona Norte quatro vezes maior do que o de Ponta Negra, ou seja,  superior a 25.000 m2. A área será utilizada para construir um campo de futebol, piscinas e toboágua, refeitório e até mesmo um hotel, com mais de 60 apartamentos. “A inauguração da ponte Forte-Redinha trará uma maior proximidade para as áreas da cidade, ou seja, será bem mais fácil se deslocar ao local também”, finaliza Marcantoni.

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