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Setor privado cortou 20 mil vagas de trabalho, no estado

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O número de empregados no setor privado do Rio Grande do Norte encolheu 3,22% no último trimestre de 2015, em comparação a igual período do ano anterior.  Houve um corte de 20 mil trabalhadores. Na prática, o total , com e sem carteira assinada, passou de 622 mil, de outubro a dezembro de 2014, para 602 mil. Esses dados não incluem empregados domésticos.

Segundo a pesquisa, no trabalho sem carteira assinada houve redução de 210 mil para 186 mil no total de trabalhadores. Enquanto isso, o mercado formal, com carteira assinada, passou de 412 mil para 416 mil trabalhadores – sem contar com os domésticos.

No emprego doméstico, por sua vez, o total de empregados, com e sem carteira, caiu 14,43%. O trabalho sem carteira diminuiu 19,48%,mas ainda concentra a maior parte dos trabalhadores. No último trimestre, eram 62 mil nesse grupo, enquanto 21 mil tinham carteira assinada (5% a mais que em igual período de 2014).

#SAIBAMAIS#Os números retratam o cenário encontrado no mercado de outubro a dezembro. Ao longo do ano, dados do Ministério do Trabalho e Emprego mostram que as atividades que mais demitiram trabalhadores com carteira no Rio Grande do Norte foram a construção civil, a indústria de transformação e o comércio. Entre as funções mais atingidas estão pedreiros, vendedores e costureiros.

Desocupação dobra para o nível superior incompleto
A taxa de desocupação quase dobrou entre pessoas com ensino superior ou equivalente incompleto, passando de 9% para 17,9% entre o quarto trimestre de 2014 e igual período de 2015, no Rio Grande do Norte.

 Foi o pior quadro entre os grupos pesquisados – uma mudança de perfil na pesquisa, que no último trimestre de 2014 mostrava a maior taxa de desemprego entre os profissionais com ensino médio incompleto. Desta vez, eles viram a taxa diminuir de 16,1% para 14,7%.

No Brasil, a taxa de desocupação para o contingente de pessoas com ensino médio incompleto (16,3%) foi superior à verificada para os demais níveis de instrução. Para o grupo de pessoas com nível superior incompleto, a taxa foi estimada em 10,7%, mais que o dobro da verificada para aqueles com nível superior completo (4,8%).

A pesquisa também mostrou que a taxa de desemprego foi maior entre as mulheres no Brasil e também no Rio Grande do Norte. No estado, o percentual alcançou 14,0% no último trimestre do ano – quase o dobro do registrado no país (7,7%) – enquanto o dos homens ficou em 10,7% – próximo ao nacional, de 10,6%.

O descompasso entre gêneros não é novidade, mas já foi menor e chegou, inclusive, a se igualar entre abril e junho, no estado, quando ficou em 11,6%.

Número de trabalhadores por conta própria avança
Com o cenário ruim no mercado de trabalho, o número de trabalhadores “por conta própria” passou de 323 mil para 360mil no estado, entre o quarto trimestre de 2014 e igual período de 2015.

De acordo com dados da Pnad Contínua, 37 mil pessoas se somaram às que já sobreviviam no estado como comerciantes, costureiros, carpinteiros, reparadores de equipamentos elétricos e manicures – entre outras atividades em que não existem patrões nem empregados. O avanço foi de 11,46%.

No Brasil, o trabalho por conta própria cresceu 5,2% no período, com 1,139 milhão de pessoas a mais nessa condição em um ano. “As pessoas quando perdem o emprego muitas vezes vão usar essa rescisão para montar um negocio”, disse Azeredo, do IBGE, em entrevista à Agência Estado.

No RN, o crescimento acima da média está relacionado com o nível da taxa de desocupação, uma das mais altas do país e em crescimento, nos últimos meses, principalmente na capital. “Esses dois fatos estão empurrando os trabalhadores para a conta própria. É uma indicação, portanto, de que o mercado de trabalho local é um dos mais difíceis do país, agravado pela seca que perdura há mais de quatro anos, pelo fim das obras da Copa e de mobilidade urbana e pela retração da construção civil”, afirmou o economista e chefe do IBGE RN, José Aldemir Freire em entrevista à TRIBUNA, em dezembro. 

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