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Sexo e coração saudáveis

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Uma das principais preocupações que afligem os pacientes, segundo Elaine Steinke, é o receio de sofrerem outro infarto durante o ato sexual, algo que, segundo ela, acontece em menos de 1% dos casos. O Manual da Associação Americana orienta os médicos a especificar para os seus pacientes quanto tempo após o procedimento cirúrgico eles podem voltar a ter uma vida sexual ativa. 

Segundo a médica Isabela Villar, pacientes que não apresentam sequelas graves após o infarto, podem voltar a ter relações sexuais normalmente depois de sete a dez dias após a alta. Já para os pacientes que tiveram alguma complicação decorrente do episódio cardiovascular, a atividade sexual poderá ser retomada de sete a dez dias após a estabilização do quadro.

Além do cronograma, o manual aponta que os médicos falem também sobre as posições mais recomendáveis para os doentes cardíacos durante o ato sexual.“Nós sugerimos que os pacientes procurem posições mais confortáveis durante o ato sexual,  que demandem menor gasto de energia e em ambientes familiares”, diz a autora do estudo.

Outro fato curioso é que, segundo o manual, o retorno à atividade sexual para pacientes cardíacos deve ser feita aos poucos, e com parceiros habituais, evitando as relações extraconjugais devido ao alto grau de ansiedade e estresse causado por essas situações.

#SAIBAMAIS#Segundo a autora do estudo, os médicos devem estar atentos também à prescrição de alguns medicamentos que podem causar a perda da libido e disfunções sexuais, como os betabloqueadores e diuréticos. “A recomendação é que essas drogas sejam ministradas em dosagens reduzidas a fim de não afetar o desempenho sexual do paciente”, diz Steinke.

Segundo Dra. Isabela Villar, o importante é que o paciente tenha um tratamento personalizado, tendo como base uma rigorosa avaliação clínica. “É preciso analisar o grau de comprometimento cardíaco e avaliar o condicionamento físico de cada paciente. Ecocardiogramas e testes ergométricos são fundamentais para indicar se o paciente estará apto a retomar sua vida sexual normalmente”, diz. 

Alterações

Segundo Isabela Villar, durante a relação sexual, a freqüência cardíaca e a pressão sanguínea aumentam da mesma forma que em qualquer outra atividade física. A questão é se o grau de aumento é excessivo ou potencialmente perigoso para o paciente, por isso a importância de se fazer uma avaliação prévia em  cardíacos. “O  ato sexual faz o coração bater com mais força e de maneira mais acelerada, aumentando a carga de trabalho do músculo. O esforço demanda um aumento no consumo de oxigênio, por isso se o paciente estiver com alguma obstrução no fluxo das coronárias a atividade sexual pode ser perigosa”, diz a especialista.

Além de pacientes cardíacos, pacientes renais também podem apresentar alterações físicas que afetam a vida sexual. A mudança química que ocorre no corpo do doente renal afeta os hormônios, a circulação, o sistema nervoso e o nível de energia. Essas mudanças geralmente causam uma diminuição no interesse e no desempenho sexual. Muitos medicamentos, usados no tratamento da doença, podem também afetar a libido. Em razão disso, geralmente, os indivíduos em hemodiálise são sexualmente menos ativos do que as pessoas saudáveis. A atividade sexual requer um nível de energia que poderá faltar ao indivíduo com insuficiência renal crônica. Na mulher, o orgasmo poderá ser menos freqüente e o homem terá mais dificuldade em conseguir a ereção.

Recomendações de sexo para pacientes cardíacos

1. Os cardíacos devem procurar posições mais confortáveis na hora do sexo, que demandem menos energia. É recomendável ficar deitado ou por baixo do parceiro.

2. Os especialistas indicam fazer sexo em ambientes familiares e com parceiros usuais.

3. Relações extraconjugais não são recomendadas, devido ao alto grau de estresse e à ansiedade gerados pela situação.

4. É indicado que o casal pratique as ‘preliminares’, começando a relação com beijos e carícias até chegar ao ato sexual propriamente dito.

5. A atividade física é benéfica e aumenta o condicionamento na hora do sexo.

6. É estritamente proibida a associação de medicamentos à base de nitrato com remédios para a disfunção erétil, como o viagra.

7. Alguns medicamentos , como os betabloqueadores e os diuréticos, podem causar a perda da libido e disfunções sexuais, por isso é importante falar sobre qualquer disfunção com o seu médico.

8. Efeitos colaterais devem ser imediatamente relatados aos médicos.

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