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Sinaenco viu fissuras no Machadão

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De acordo com o arquiteto Vicente de Castro Mello, chefe do estudo feito pela entidade sobre a situação dos estádios brasileiros, o Machadão faz parte de uma lista de estádios que podem ser encarados com preocupação mas em menor escala que o ocorrido em Salvador. “O Couto Pereira (do Coritiba), o Olímpico (do Grêmio), o Serra Dourada (em Goiânia) e o Machadão (em Natal) têm algumas fissuras no concreto, mas são coisas menos graves. Dá para arrumar sem causar grandes prejuízos”, revelou.

A revelação foi feita durante o evento que discute a infra-estrutura necessária para que o Brasil possa organizar a Copa de 2014 com tranqüilidade. Para realizar o estudo, Vicente visitou 27 estádios em 18 cidades brasileiras e a Fonte Nova foi considerada o pior do país. “Não precisava entender muito de estrutura para ver os problemas que haviam em Salvador. As pessoas falam que têm laudos, permissões. Fico triste pela imagem de fatalidade do fato”, disse.

Apesar das declarações do arquiteto da Sinaenco, os administradores do estádio Machadão afirmam que o local é seguro e que a reforma feita recentemente deixou o local em condições para abrigar grandes espetáculos.

Segundo a assessoria de imprensa da construtora responsável pela reforma, tudo que era necessário para dar segurança às estruturas do Machadão foi feito. 

Em e-mail enviado à Tribuna do Norte, a assessoria afirma que: “segundo analistas em reforço estrutural, é um dos mais seguros do Brasil. O “Machadão” tem sido destaque na mídia nacional quando o tema é estádios de futebol que não oferecem perigo. A última reforma do Machadão, realizada pela construtora A. Gaspar no início deste ano, utilizou o mesmo tipo de amortecedor que foi usado no Morumbi, e que está virando referência na mídia após o trágico acidente no estádio da Fonte Nova. Portanto, em termos de estádio de futebol, o João Batista Machado, ao contrário dos três estádios de Pernambuco, como a Ilha do Retiro (Sport), o Arrudão (Santa Cruz) e os Aflitos (Náutico), é um dos mais seguros, sólidos e bem estruturados do Brasil”, conclui a nota.

Evento discute estrutura para realização do Mundial

Gazeta Press – São Paulo (SP) – Planejamento é palavra de ordem para a Copa do Mundo de 2014, no Brasil. Essa é a opinião de todos os participantes de um evento realizado em São Paulo para discutir a situação (precária) dos estádios brasileiros e toda a infra-estrutura necessária para a realização do Mundial daqui sete anos.

Com o tema “O Brasil Antes e Depois da Copa 2014”, o 8º Enaenco (Encontro Nacional de Arquitetura e Engenharia Corporativa) acontece até amanhã e teve a participação, em sua abertura, nesta quinta, do ministro dos Esportes, Orlando Silva, do secretário municipal de Esportes, Walter Feldmann, e do secretário estadual de Esportes, Claury Alves da Silva.

“Acredito que o tempo que temos para deixar tudo pronto para a Copa é curto. Não é da nossa cultura planejar, mas temos que fazer isso. Temos que criar um ambiente de motivação para os empresários investirem”, disse Orlando.“Já temos um ponto de partida que é a estabilidade”, política, jurídica e econômica. Acho muito oportuna a idéia de fazer um evento desse porte.

O ministro dos Esportes pensa que o melhor para o país e para os brasileiros é a construção de arenas multiuso ao invés de meros estádios. “Temos que ter locais que sirvam de arena. Que tenha um uso prolongado, com várias atividades. E essa rede de arenas tem que ser privada. Hoje, temos uma fragilização do futebol brasileiro por conta da precariedade dos nossos estádios-, contou.

José Roberto Bernasconi, presidente do Sinaenco (Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia), responsável pelo evento, ressalta que o objetivo da entidade é ajudar a todos para 2014.  “Não é possível, por exemplo, ver o Brasil com um apagão durante o Mundial. Isso é inadmissível. Os gastos com estádios serão enormes, já que cada estádio novo custa de 150 a 400 milhões de reais. Mas os gastos com infra-estrutura serão maiores ainda”, disse.

Ministro pede mais rigor na  fiscalização

O ministro dos Esportes, Orlando Silva, foi bem claro em relação aos problemas que existem em vários estádios pelo Brasil. Ontem, o político exigiu mais rigor na fiscalização de laudos técnicos usados para a liberação das arenas esportivas a fim de evitar tragédias como a ocorrida na Fonte Nova, em Salvador, no último domingo, quando sete pessoas morreram após o piso da arquibancada ceder durante um jogo do Bahia pela Série C do Campeonato Brasileiro.

“O que me chama a atenção é que, no caso da Fonte Nova, havia laudos liberando o estádio. É preciso ter mais rigor com esses laudos. Reforçar a fiscalização para evitar fatos como o de domingo. O que está em jogo é a vida dos torcedores”, disse Orlando Silva, após participar da abertura do 8º Enaenco (Encontro Nacional de Arquitetura e Engenharia Corporativa).

Para evitar novas tragédias, o ministro dos Esportes declarou que o governo federal já está tomando previdências. “Uma estrutura será montada, possivelmente uma secretaria nacional, para atuar de forma mais rígida na fiscalização de toda estrutura envolvida num evento esportivo. Já há o Estatuto do Torcedor, onde há leis estabelecidas, que determina um laudo técnico preciso”, afirmou.

Orlando Silva acredita que, nesse momento de comoção nacional e preocupação, é preciso juntar forças para evitar novos problemas. “É hora de unirmos forças. Até o final do ano teremos alguma coisa concreta. Temos que aproximar os Estados, fazer com que tudo seja feito de forma conjunta. E apóio o trabalho do Ministério Público, que fiscaliza esses problemas”, contou. Fã do futebol e torcedor do Vitória, o ministro revelou que não se surpreendeu com o estudo feito pelo Sinaenco (Sindicato Nacional de Arquitetura e Engenharia).

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