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Sinais de Melhoria nos Horizontes na Economia

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Marcelo Alecrim
Empresário e presidente Executivo do Conselho de Administração da ALESAT Combustíveis S/A

As areias da tempestade perfeita que destroçou a economia brasileira entre os anos de 2014 e 2016 finalmente se dissipam no ar e o horizonte começa a clarear para a economia brasileira. O comércio, os serviços e a indústria mostram uma reação, ainda que tímida, mas consistente, como revelam os índices do mercado de trabalho, a mais horrível das faces expostas pela maior recessão já experimentada pelo País.

Evidente que não se transforma uma economia do porte da brasileira em curto espaço de tempo. As empresas precisam antes recuperar sua capacidade de produção, assim como a confiança precisa voltar para o consumidor reaquecer as vendas no comércio e no gasto com serviços. O agronegócio é um caso à parte, braço mais saudável do conjunto de forças que move a economia, mesmo nas crises.

Uma análise dos dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio Contínua (PNAD Contínua) mostra uma queda de 1,2% na ocupação entre os trabalhadores mais jovens no terceiro trimestre de 2019 – apesar disso, a taxa de desocupação dos jovens recuou devido à retração de 1,3% da força de trabalho desse segmento. Mas o Programa Verde Amarelo do governo federal deverá atenuar esse quadro em razão das melhores condições de contratação por parte das empresas.

Porém, outros fatores indicam um mercado de trabalho mais favorável, principalmente em relação à subocupação, ao desalento e ao desemprego de longo prazo, com melhoras contínuas nos últimos tempos. No trimestre móvel encerrado em outubro de 2019, houve recuo da taxa de desocupação e subocupação pela quinta vez consecutiva, ficando em 18,2%, e a faixa população desalentada caiu 1,6% na comparação com o mesmo período de 2018.

Em relação ao tempo de procura por emprego, observa-se que o contingente de desocupados de longo prazo no país também vem recuando. No último trimestre do ano passado, 41,1% dos desempregados estavam nessa situação há pelo menos um ano. No terceiro trimestre de 2019, essa porcentagem recuou para 38,8%.

Por isso, a ocupação dos trabalhadores sem carteira começa a perder intensidade para uma expansão mais forte do emprego formal. Já a dinâmica dos trabalhadores por conta própria (creditado apenas a uma piora do cenário de emprego no País), pode estar indicando uma mudança estrutural das relações de trabalho, seja pelo aumento da terceirização, seja por um gama maior de atividades ou ainda devido à consolidação da “economia de aplicativos”, que tem aberto novas possibilidades de geração de renda.

Enfim, as ofertas de vagas aos poucos começam a voltar às portas de lojas e fábricas. Não à toa, o número de desempregados caiu de 13,1 de pessoas (12,4%) do primeiro trimestre de 2018 para 12,3 milhões (11,6%) no final de 2019. Nos últimos doze meses foram criados 524.931 postos de trabalho formais. De todo modo, é um processo lento, que acompanha a retomada do crescimento da economia. Não são números grandiosos, mas sinais concretos de um crescimento consistente.

E as perspectivas são muito boas. A construção civil, por exemplo, deverá crescer 3% este ano, o que representa potencial para a criação de 150 mil postos de trabalho formal até dezembro, segundo a Câmara Brasileira da Indústria da Construção.

Boas notícias como essa passam de setor a setor, formando uma corrente que se traduz em confiança, fator fundamental para reaquecer a economia e o desenvolvimento do País. 

Todo esse processo de recuperação começou na verdade ainda no governo Temer, ao aprovar a modernização trabalhista (Lei 13.467/2017), a regulamentação da terceirização (Lei 13.429/2017) e avanços no trabalho temporário. Na ocasião, o então deputado Rogério Marinho teve um papel relevante nessa evolução.

E agora, como secretário de Trabalho e Emprego, repete o bom trabalho. Primeiro, por ter sido um grande articulador para a aprovação da reforma da Previdência no Congresso Nacional. Depois, como assessor do ministro da Economia Paulo Guedes, por trabalhar a favor do mercado de trabalho no Brasil, tentando afrouxar as regras que sufocam as empresas e abrindo um caminho mais civilizado nas relações capital/trabalho.

Esse conjunto de fatores, aliado à determinação da equipe econômica de conduzir o Brasil a uma política econômica liberal digna do nome, leva os empresários do setor produtivo a confiar na retomada de um desenvolvimento que nos leve a um futuro bem melhor.

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