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Sinal negativo

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Lydia Medeiros

A força das corporações estatais, maiores opositoras das propostas do governo Temer, venceu ontem uma batalha, com a derrota da reforma trabalhista na Comissão de Assuntos Sociais do Senado (CAS). O resultado fortalece a impressão de que, mesmo que o governo se recupere e aprove o texto, fica cada vez mais distante a reforma da Previdência, alvo principal dos sindicatos do funcionalismo estatal. Foi sintomático o exemplo do tucano Eduardo Amorim (SE), um dos votos contrários à reforma. Ele avisara à bancada que não poderia ser favorável às mudanças, porque sua mulher é procuradora do Trabalho — um dos setores mais críticos à proposta. Como o coordenador político do governo, Antonio Imbassahy, também do PSDB, e o líder do partido, Paulo Bauer, estão na Rússia com Michel Temer, ele não foi substituído na comissão. E o projeto foi à votação mesmo com a certeza de que o voto de Amorim era perdido.

Tempo de arrumação
Derrotado em Minas em duas eleições sucessivas, 2014 e 2016, o grupo de Aécio Neves tenta ganhar tempo para reconstruir sua base no estado, ainda mais abatida com as denúncias sobre seu líder. Ontem, aliados do senador afastado pressionaram o presidente interino do PSDB, Tasso Jereissati (foto), a adiar qualquer decisão sobre as mudanças no comando partidário. Conseguiram. A reunião de hoje que trataria da saída de Aécio da presidência do partido, dando a Tasso o cargo efetivo, foi desmarcada e não tem mais data para acontecer.

#sóquenão
O líder do PT na Câmara, Carlos Zarattini, condenou os colegas que torcem pela prisão de Aécio Neves. Disse que é um “equívoco”. Nas redes sociais, o twitter oficial dos petistas na Câmara retuitou várias mensagens com a hashtag #AecionaCadeia.

Cronômetro
Aliados do ex-presidente Lula que o encontraram recentemente dizem que a expectativa dele é receber ainda este mês a sentença de Sergio Moro no caso de envolvimento em esquema de corrupção com a OAS. Ontem, a defesa do petista apresentou as alegações finais no processo. No caso de Eduardo Cunha, por exemplo, o juiz levou menos de 48 horas para condená-lo depois da apresentação das alegações finais.

Dona do pedaço
A derrota do governo na reforma trabalhista foi comemorada pela oposição com 48 minutos seguidos de discursos desde a abertura da sessão do Senado, ontem. Quase duas horas depois do início da sessão, apenas o senador José Medeiros defendeu as propostas do governo em plenário.

Tapa-buracos
O DEM abandonou o governo na votação da reforma trabalhista, que sofreu derrota no Senado. Titulares da CAS, Ronaldo Caiado (GO) e Maria do Carmo Alves (SE) estavam na Casa, mas não apareceram. Os votos de ambos foram supridos pelos suplentes do PSDB.

Pesos e medidas Exultante, Paulo Paim comparou o resultado da sessão de ontem na CAS em sua vida profissional à vitória de Barack Obama na Presidência dos EUA.

Efeito retroativo
O Tribunal Regional Federal da 5ª Região analisa hoje uma ação que deixa em alerta os remanescentes de quilombolas no país. O julgamento da desapropriação da comunidade Acauã (RN) pode levar à inconstitucionalidade do Decreto nº 4.887/03, editado por Lula para regulamentar o procedimento. Se a decisão for essa, deve gerar questionamentos sobre uma série de desapropriações feitas pelo governo federal em favor dos quilombolas nos últimos 14 anos.

Cadeiras vazias
O PMDB ainda não fez as indicações do partido no Senado para compor a CPI mista da JBS.

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