Apesar de parecer uma doença simples, a rubéola vem preocupando os gestores da área da saúde, já que todos os anos são registrados vários casos da doença. Em Natal esses casos vem aumentando. Em 2006 foram 37 casos suspeitos, já no ano passado foram 100. E para tentar erradicar a doença, a Secretária Municipal de Saúde vai realizar a partir de 9 de agosto a campanha de vacinação para eliminar a Rubéola no país. A meta é vacinar 400.185 pessoas até 12 de setembro.
A Campanha faz parte do compromisso firmado pelos países da América Latina para erradicar, até 2010, a rubéola e a Síndrome da Rubéola Congênita, que pode causar o aborto ou a má formação do bebê. Dados do Ministério da saúde apontam que as campanhas de vacinação em massa, realizadas em 2001 e 2003, não conseguiram interromper a circulação do vírus e a conseqüência disso foi a ocorrência de surto em 2006 que se estendeu por 2007. Somente no ano passado, foram registrados mais de 8.407 casos, 161 em mulheres grávidas, totalizando 17 recém nascidos com rubéola congênita.
“Estamos dizendo que essa é uma campanha para a toda família, já que vai coincidir com a Campanha contra Poliomielite, que é para crianças menores de cinco anos. No caso da vacinação contra rubéola é para pessoas na faixa de 12 a 39 anos”, disse a chefe do Setor de Vigilância Epidemiológica da SMS, Viviane Albuquerque de Farias.
Mas a campanha pretende atingir principalmente os homens, a decisão foi tomada pelo governo depois do aumento expressivo no número de casos da doença entre os homens.“Geralmente as mulheres se preocupam por causa dos perigos da rubéola na gestação e os homens acabam esquecendo, tanto que no ano passado, quando foi registrado um surto de rubéola em diversos estados, as ocorrências entre os homens representaram 70% do total”, disse Viviane.
Em Natal, estarão disponíveis cerca de 400 mil e 100 doses da vacina, em 202 postos fixos de vacinação e cerca de duas mil pessoas estarão envolvidas no Dia D da vacinação. A vacinação para pessoas na faixa de 12 a 19 anos será feita com a tríplice viral (sarampo, cachumba e rubéola) e a dupla viral (sarampo e rubéola) para as pessoas entre 20 e 39 anos.
Apesar de não existir nenhum estudo que comprove que o contato da gestante com a vacina provoque alguma alteração no feto, a SMS recomenda que as mulheres grávidas não tomem a vacina. “Elas estarão disponíveis para essas mães depois do parto ou pós-aborto”, disse Viviane.
A segunda fase da campanha acontece no dia 30 de agosto (Dia D), mas as vacinas estarão disponíveis, gratuitamente, até 12 de setembro, depois desse período elas estarão disponíveis no calendário de vacinação.
