Interdição da via foi feita na manhã desta segunda-feira pela STTU,
isolando uma faixa de seis metros a partir do muro do imóvel
De acordo com a pasta, a interdição do trecho da avenida 25 de Dezembro – via dos fundos do terreno da edificação – é de seis metros entre o muro do hotel e o término da primeira faixa de rolamento de veículos do lado esquerdo da via, estendendo-se por 126 metros. No local interditado, a passagem de pedestres não é permitida. Outra via interditada é a rua Mascarenhas Homem, na lateral do hotel em direção a Avenida Café Filho. Nesta, o estreitamento é de cinco metros no trecho entre o muro do hotel até o término da primeira faixa de rolamento do lado esquerdo em uma extensão de 69 metros.
Duas vias do entorno não sofrerão alterações na circulação de veículos e pedestres. A avenida Presidente Café Filho e rua Feliciano Coelho se beneficiarão da posição do hotel em relação ao terreno, justamente na proximidade das vias citadas. A secretaria também divulgou que, por não haver interdições completas nas vias, os itinerários nas linhas de ônibus que passam pela área permanecem inalteradas. O órgão alerta a motoristas e pedestres para obedecer a sinalização, que será composta por defensas provisórias e placas de sinalização indicando os locais interditados. Não existe prazo para liberação da área, segundo a STTU.
Laudo
Os problemas graves na estrutura do Hotel Reis Magos que motivaram a prefeitura a interditar as vias no entorno foram encontrados em uma perícia realizada pela empresa pernambucana Petrus Engenharia, ainda em 2016. Mesmo três anos depois da expedição do documento, a Prefeitura afirmou que não fará nova vistoria por entender que os questionamentos que surgiram já foram sanados pelo relatório técnico expedido pela empresa.
A TRIBUNA DO NORTE teve acesso ao documento na tarde desta segunda-feira, 11. O laudo contém 62 páginas entre relatório propriamente dito e 150 fotografias que objetificam o Mapa de Danos apontado pela empresa. O documento indica a demolição e classificar a estrutura como ‘comprometida’ e de ‘fim da vida útil facilmente atestado’. Além disso, o documento expedido pela Petrus Engenharia estima o custo da recuperação dos 3,5 mil metros quadrados da estrutura em, no mínimo, 10 vezes o custo da demolição, gesto endossado pelo executivo municipal. O laudo foi concluído em 5 de agosto de 2016 e foi assinado pelo engenheiro civil Luiz Fernando Bernhoeft.
O secretário de Obras de Natal, Tomaz Neto, afirma que o estudo aponta que alguns pilares de sustentação já estão com mais de 50% da capacidade de sustentação comprometidos. Um desses pilares, que fica na área da antiga boate Royal Salute, que funcionou no Reis Magos, na década de 80, já teria ruído, revelou Tomaz Neto.
A Semov realizou um serviço para a colocação de tapumes no entorno do hotel, atendendo a um pedido da Procuradoria Geral do Município – PGM. De acordo com informações da secretaria, a intenção seria evitar que, caso pedaços menores da estrutura venham a se desprender, esses sejam contidos antes que atinjam as ruas ou o passeio público.