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Superman para sempre

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Alex Medeiros
Quando a diretora chinesa Chloé Zhao inseriu no filme Os Eternos (da Marvel) uma passagem em que uma criança pergunta se o herói Ikaris é o Superman, se estabeleceu ali que o maior super-herói da concorrente DC Comics era reconhecido como um cânone da nona arte. O filho de Kripton não é apenas o mais poderoso do universo HQ, mas é também o marco zero tanto nas revistinhas em quadrinhos quanto na cinematografia dos super-heróis.

As aventuras dos super-heróis realmente começam com a revista Action Comics em sua edição 1 de 1938, onde pela primeira vez aparece o Superman, uma criação de dois garotos, o canadense Joe Shuster e o americano Jerry Siegel. Também no cinema, o personagem ganha um longa em 1951, adaptado de uma revista da DC Comics, interpretado pelo ator George Reeves. E bem depois, 1978, dá início à nova era de filmes, com Christopher Reeve.
Conto isso para destacar o agito que o Superman está causando desde quinta-feira na San Diego Comic Con, provocando debates e curiosidades sobre os rumores de que um novo filme terá o retorno do ator Henry Cavill no papel.
A presença do artista britânico em mais uma aventura do herói é uma consagração dele próprio e dos muitos fãs e críticos que defendem o prosseguimento de um mito nos mesmos moldes do seriado Superman & Lois.
A série da CW Television, que já vai para a terceira temporada, é um sucesso mundial e tem no protagonista Tyler Hoeclin um defensor da tradição do personagem, assim como o diretor Zack Snider que poderá retomar os filmes.
As atuações de Cavill e Hoeclin, além das narrativas dos respectivos roteiros, têm sido a garantia de que o maior nome da DC Comics tem como igualar a força dos heróis da Marvel nas telas. E contrapor mudanças nas revistinhas.
Graças a eles, por exemplo, a iniciativa de colocar um filho do Superman como homossexual numa das revistas da marca já perdeu o impacto dos primeiros meses. As pessoas já entenderam que não é o personagem histórico no lance.
A editora não calculou que a repercussão de uma edição impressa é infinitamente menor do que obras de cinema, TV e game. Sem falar que a maioria dos leitores é adulta e, portanto, já consciente da natureza do herói.
As crianças e os adolescentes já estão muito além das produções de papel, sequer usam mais cadernos na escola. Enquanto as bancas e livrarias nos EUA vendem 20 a 25 mil revistas/mês, os filmes atingem milhões no mundo.
A animação Injustice, onde o Superman é extremamente violento e adota posições ditatoriais, já atingiu um público que a revistinha do garoto gay não alcançará nos próximos dez anos. O jogador Maurício pode comemorar isso.
Afora essas questões políticas e ideológicas, a produção de mais um filme do Superman vai alimentar o culto iniciado nas telas em 1978 e que se estendeu por 1980, 1983, 1984 (Supergirl), 1987, 2006, 2013, 2016, 2017 e 2021.
E tudo isso sem falar das séries Lois e Clark (1993), Smallville (2001), Supergirl (2015), Crise em Terra Infinita (2020) e Superman & Lois (2021). Ainda há os fãs mais antigos que somam aí as séries de 1948 e 1951, além de desenhos.
Atualmente, a Marvel é uma presença maior em Hollywood, mas por muitos anos, com o advento do Superman, do Batman e de outros personagens, a DC dominou as telas de cinema e da TV nos anos 80 e 90 do século passado.
Que venha mais uma produção do mais poderoso herói da Terra. O primeiro que eu adotei em 1967, aos nove anos.
Vice
Por maior que seja o espaço televisivo do União Brasil e por melhor que sejam as intenções de José Agripino, um líder com bons serviços ao estado, a chapa de oposição merecia um vice à altura para enfrentar os tiros que virão do PT.

Limpeza

Está de parabéns a Polícia carioca em tentar, mesmo com o atraso imposto, resolver a confusão criada nos morros depois que o STF proibiu ações que importunassem a bandidagem escondida por lá. A PM faz uma bela faxina.

No espelho

Ainda sobre a vida ao contrário na política nacional, poucas horas após Michel Temer chamar Dilma Rousseff de honesta, a petista o chamou de golpista. O peemedebista rebateu que era tão desarrazoada que não merecia resposta.

No espelho II

A rede de antagonismo em torno de Lula está longe de ser apenas divergente, como quer o PT, a grande imprensa e alguns togados. Estão todos batendo cabeça e parece que Bolsonaro é um presidente candidato contra o “sistema”.
Petrópolis
Parece até uma ação planejada por entidades empreendedoras a onda de novos negócios gastronômicos e etílicos que estão abrindo no Plano Palumbo. Um assíduo frequentador calcula em quase duas dezenas desde dezembro.

Clima

As inscrições para o Climate Reality Leadership Corps – Treinamento Virtual Brasil 2022 se encerram na segunda-feira. O projeto é de uma organização mundial fundada por Al Gore. Inscrição climaterealityproject.org/training/brazil.

Eduardo

Ainda sobre o aniversariante Eduardo Araújo, a escritora Lucinha Zanetti publicou em seu blog há algum tempo uma pesquisa com os mais importantes LPs da Jovem Guarda, onde constam dois do cantor mineiro, de 1967 e 1968.

Rock

Diferente do Multishow, uma edição especial da revista Rolling Stones homenageia o rock nacional dos anos 80 sem afirmar que o gênero tem 40 anos no País. E elenca os discos essenciais do movimento iniciado em 1982. 
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