A vitória sobre o Ceilândia no Abadião, deixou o América ainda mais perto da próxima fase – a última para confirmar o acesso – da Série D. Fato que ainda tem o segundo tempo da decisão na Arena das Dunas na sexta-feira que vem, mas particularmente não acredito que o time candango tenha força para superar os rubros dentro da Arena que deve ter um público na faixa dos 12 mil fanáticos torcedores. A vantagem do time de Leandro Campos é consistente e é preciso saber administrá-la ao longo do jogo. Em casa o América tem sempre a iniciativa do jogo, pressiona, aperta, sufoca mais o adversário e na sexta-feira às nove da noite não pode ser diferente.
Não tem jogo bonito
Ninguém pode esperar espetáculo na Série D. A competição é pegada, dura e marcada quase sempre pela baixa qualidade técnica, e o América está sabendo jogar o jogo. Montou um time em nível de Série D, eu diria que com três peças que diferem no aspecto técnico/individual, casos de Danilo, Cascata e Marcos Júnior. Não tem como cobrar jogo bonito, jogo refinado, jogo técnico, não na Quarta Divisão. Até aqui o América está cumprindo e com destaque o papel dele na competição.
Não aguenta a pressão
No futebol pode acontecer de tudo e nem sempre o favorito leva, mas no caso do confronto da próxima sexta-feira e com todo o respeito ao Ceilândia, não vejo no time candango força e nem qualidade para suportar a pressão do América dentro da Arena das Dunas. Na segunda-feira assisti com atenção a gravação do jogo no DF, e fiquei convicto que o Gato Preto é inferior ao time da Aparecidense.
Globo na boa
Assim como o América, a Águia de Ceará-Mirim está sabendo jogar a Série D. O time de Luizinho Lopes vem mantendo uma sequencia importante e fazendo valer o melhor conjunto, o melhor entrosamento e chega para a decisão de domingo no Barrettão contra o Guarany com uma vantagem que penso dificilmente os cearenses conseguirão inverter. O time do Globo encaixou dentro da competição e não pode vacilar na volta.
Só vale o acesso
América com 22 pontos, a melhor campanha da Série D, Globo com 21, a segunda melhor campanha, mas neste momento são números para “inglês ver”, não servem para nada. O desafio dos representantes do RN é avançar neste final de semana, chegar nas quartas de final, o último estágio antes de confirmar ou não o acesso para a Série C. Na Série D, assim como na C, a única coisa que realmente interessa é subir. O resto é blá-blá-blá.
Tem tempo
Coluna fechada antes do confronto com o Brasil, mas independente do resultado, a situação do ABC ainda é de risco na competição, mesmo que exista ainda uma margem de manobras de 21 jogos para sair da zona e evitar o rebaixamento. Mas como fazer? A necessidade de mais algumas contratações é real, não na proporção que querem alguns, mas ela existe.
Meia-atacante
Vitor Júnior é um meia-atacante com as características que o time precisa, jogador de boa movimentação, habilidoso, rápido e que finaliza bem. Se chegou bem, se chegou inteiro, vai ajudar o time alvinegro, que entendo, ainda precisa corrigir o setor de marcação que tornou-se extremamente fragilizado em razão da lentidão e da queda de rendimento de Anderson Pedra, Felipe Guedes e principalmente de Márcio Passos. Precisa de pelo menos mais uma volante que seja mais rápido, que saiba jogar.
Falar grosso À distância tenho a impressão que faltou no vestiário do ABC – pelo menos até agora – alguém para falar mais grosso com o elenco. No futebol profissional e cheio de cobras criadas, já não existe mais espaço para eternizar o estilo “paizão”. Tem hora que precisa bater na mesa, chutar o pau da barraca, falar grosso, falar mais alto para ser entendido.
Prováveis adversários Contando que América e Globo avancem para a 4ª fase da Série D, terão pela frente provavelmente um desses times: Santos do Amapá, Maranhão, URT, Juazeirense, Fluminense Feira, Gurupi, Villa Nova de Minas, São José de Porto Alegre.
Prováveis adversários I Analisando os confrontos, o pesquisador Marcos Trindade imagina ques os times com mais chances de avançar e serem adversários do América, são o Juazeirense ou Fluminense, e do Globo, Villa Nova de Minas, Santos do Amapá ou Gurupi.
Lei Caio Júnior Enquanto a Lei Caio Júnior não caminha no Congresso Nacional, a Federação Nacional dos Treinadores de Futebol, tenta com a CBF que a entidade crie mecanismos que protejam os treinadores. A sugestão é que a CBF faça como fez a Federação Paulista, que só referendou a troca de treinador com a apresentação de documentação comprovando o pagamento dos direitos trabalhistas do profissional demitido.
