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Tae Kwon Do: Potiguar defende o Brasil na Sérvia

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LUTADOR - Fábio Acioly viaja com a esperança de conquistar medalha

O Rio Grande Norte já revelou muitos atletas de artes-marciais como judô, jiu-jitsu e karatê, no cenário internacional. E agora chegou a vez do Taekwondo, luta criada na Coréia e que vem ganhando projeção em todo Brasil, nos últimos anos. Isso porque o jovem atleta potiguar, Fábio Acioly, de 21 anos, está embarcando hoje para Belgrado, capital da Sérvia, na Europa, onde disputará o Campeonato Mundial Universitário da modalidade, que tem início amanhã.

Fábio Acioly conquistou a vaga na categoria até 62 quilos, após vencer o Brasileiro Universitário de Taekwondo, em maio deste ano, na cidade de Piracicaba/SP. Na final, o potiguar venceu nada mais nada menos do que Marcel Venceslau, que representou o Brasil nas Olimpíadas de Atenas, nesta categoria. Ele relembra, emocionado, os detalhes do combate. “Nós terminamos a luta empatados em 5 a 5, depois de três rounds. A luta foi decidida na prorrogação, no golden point, um tipo de desempate, quando quem pontua primeiro ganha a luta. A emoção da vitória foi muito grande”, destacou.

O atleta potiguar começou sua trajetória no esporte, aos seis anos, influenciado por seu primo e técnico Rivanaldo Freitas, professor da Facex (Faculdade pela qual Fábio compete) e vice-presidente da Federação Norte-rio-grandense de Taekwondo. Em 2001, deu início as competições nacionais e três anos mais tarde, conseguiu vaga nos Jogos Panamericanos de Santo Domingo, na categoria até 58 kg, com apenas 17 anos, mas acabou cortado da competição por problemas de saúde. Desde os primeiros torneios, ele já contabiliza mais de 100 medalhas.

 Em 2006, Fábio Acioly foi convocado pela primeira vez para integrar a Seleção Brasileira adulta de Taekwondo. Ano passado, o potiguar lamentou não ter conseguido classificação para os Jogos Panamericanos do Rio de Janeiro, o que impossibilitou também a tentativa de disputar a seletiva para Pequim. Apenas um brasileiro, entre os homens, conseguiu vaga para Pequim, trata-se de Marcio Vensceslau, irmão de Marcel, derrotado por Fábio.

Sua preparação consiste em treinos técnicos pela manhã e reforço muscular à tarde.  De acordo com Fábio Acioly, essa arte-marcial coreana vem crescendo bastante no RN, desde sua introdução no quadro de modalidades do Jern’s, em 2001. “A partir daí as escolas começaram a adotar a prática do Taekwondo, o que é muito importante para sua difusão”, explica.

Fábio Acioly se mostra confiante em um bom resultado no mundial da Sérvia. “Quem participou do mundial no ano passado foi Marcel, conquistando a terceira colocação. Já que eu o derrotei recentemente, acredito que posso chegar ainda mais longe”, revela de forma otimista. Acioly pretende continuar treinando para as próximas competições.

Modalidade chegou ao País na década de 70

O Taekwondo foi introduzido no Brasil, em 1970, a pedido do Ministério da Educação, pelo Grão-Mestre Sang Min Cho, por ordem do General Choi. O Grão-Mestre Cho chegou ao Brasil em julho daquele ano, sem falar o português e sem qualquer conhecimento da cultura brasileira. Foi ele quem inaugurou a Academia Liberdade, em São Paulo, primeira academia deste esporte no País, em 08 de Agosto de 1970. Através do Grão-mestre Cho, começaram a chegar outros mestres coreanos para dar início a expansão do Taekwondo no Brasil.

Mestre Cho não quis que o Taekwondo fosse conhecido como “Karatê Coreano” o que já era comum nos Estados Unidos, com a finalidade de facilitar o conhecimento do povo americano. Por determinação do Mestre Cho, em terras brasileiras, o Taekwondo sempre foi chamado assim. Atualmente, esta arte-marcial é praticado em todos os estados brasileiros e já formou mais de 3.000 faixas pretas e contando com cerca de 100.000 praticantes ativos.

A luta consiste na utilização das pernas e braços para atingir o oponente, com destaque aos golpes com as pernas, que valem mais pontos, numa disputa que dura até três rounds, com direito a prorrogação caso termine empatada. São utilizados protetores bocais, nas mãos, pés e tórax.

Fonte: www.taekwondo.com.br

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