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Tarantino vs Bruce Lee

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Alex Medeiros

Os primeiros resmungos foram em maio, logo após o diretor Quentin Tarantino lançar o agora esperado “Era Uma Vez em… Hollywood”, no Festival de Cinema de Cannes. A filha de Bruce Lee foi a primeira a emitir discórdia.

Como já se sabe, o filme é uma elegia do cineasta à sua cidade, Los Angeles, nos dias da sua infância, anos 60, quando o glamour do cinema e os sonhos da época desmancharam no sangue da modelo Sharon Tate e seus amigos.

Tarantino narra a tragédia, suavizando com referências às coisas icônicas daqueles dias, como a cultura hippie, rock, Vietnã e os filmes de Steve McQueen, Wayne Maunder e de Bruce Lee, um amigo de Tate e Polanski.

E é exatamente na exposição da lenda das artes marciais, interpretada pelo jovem ator Mike Moh, que espocou centelhas de controvérsias, por causa de uma cena em que Lee luta com o personagem de Brad Pitt, um ex-soldado.

A filha de Bruce Lee, Shannon, não gostou nada da dramatização feita por Tarantino, mostrando um cara petulante e ainda mais em risco de perder uma luta fruto de aposta contra um militar sem as técnicas marciais de Lee.

Amigos e parentes do lutador e ator de cinema e televisão (o papel na série Besouro Verde teve o dedo de Sharon Tate) também se manifestaram contrariados. O cineasta só respondeu ontem durante evento em Moscou.

Tarantino não entende as cenas (há um momento em que Lee diz ter condições de surrar Muhammad Ali) como uma agressão por mostra-lo como arrogante, nem exagerou supondo derrota para o personagem de Brad Pitt.

Mas sustenta que havia uma imagem de que Lee era meio arrogante, sim, com registro inclusive numa biografia e confirmado pela primeira mulher, Linda Lee. E não vê problema em confrontar o mito do kung fu com uma figura fictícia.

Cliff Booth (o papel de Brad) é um boina verde, um guerreiro que Tarantino imaginou com condições de vencer Bruce Lee na cena em que disputam uma melhor de três golpes, visando derrubar o outro sem atingir a cabeça.

Ele compara uma luta imaginária de Lee com o Drácula e diz que cada um leva vantagem ao seu modo: Bruce venceria fácil num embate no Madison Square, mas Booth o mataria num combate aberto no meio da selva das Filipinas.

Talvez nem tenha sido a briga forjada no roteiro do filme, mas a fala de Mike Moh encarnado em Lee dizendo que bateria em Ali o motivo maior da chateação dos admiradores do astro dos clássicos sobre o “dragão”.

Todos juram que Bruce Lee jamais diria isso, mas Quentin Tarantino garante que muitas testemunhas da época confirmaram o fato. Mas a realidade da ficção que estreia amanhã é que “Era Uma Vez em… Hollywood” é uma ode do diretor a um tempo mágico que o sangue da amiga de Bruce Lee lavou e levou.
Nota potiguar
Não adiantaram os gastos divulgando o programa para aumentar a arrecadação de ICMS. Julho fechou com índice negativo de quase R$ 2 milhões em relação a julho de 2018. Foram arrecadados R$ 469.805.274,04.

Professores
Há rebeldias resistindo ao peleguismo petista no Sinte, o sindicato de professores. Ontem, na paralisação dos servidores, uma dirigente comandou as palavras de ordem: Jucyana Myrna, que desponta na disputa interna.

Arrivismo
Quando se é contundente na cobrança de coerência dos políticos, não convém contemporizar o oportunismo. Não dá para enaltecer deputado com o acesso livre ao Planalto em governos distintos como os de Bolsonaro, Dilma e Lula.

Propaganda
Concluído depois de longos meses o processo licitatório que definiu as quatro agências de publicidade que atenderão a Assembleia Legislativa. Já estão aptas e trabalhando para o cliente as empresas Executiva, Base, Art & C e Faz.

Propaganda II
A Prefeitura de Natal iniciou o seu processo de licitação publicitária e nada menos que dez agências adquiriram o edital e já apresentaram o material da primeira fase do certame. Pelo menos uma já foi desclassificada na largada.

Poder divino
“Ele é o nosso presidente no poder. Toda autoridade é colocada ali por Deus. E a gente, como brasileiro, tem que torcer para que ele dê certo”. Da apresentadora do SBT Patrícia Abravanel, a quarta filha de Sílvio Santos.

O Rei
“O trabalho do Sérgio Moro e de todas as instituições é uma coisa maravilhosa, uma coisa que nos consola, que nos anima. Ele realmente merece todo o nosso apoio e os nossos aplausos”. As aspas são coisas do rei Roberto Carlos.

Assédio
Oito cantoras e uma bailarina acusam o tenor Plácido Domingos de assédio sexual nos anos 80. Uma delas, a mezzosoprano Patrícia Wulf diz que sempre o refutou, porque ama o marido e a família. Mas por que denunciou só agora?

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Neymar
O Barcelona fez ontem a última tentativa de negociação por Neymar com o PSG, enviando a Paris o trio Javier Bordas, Eric Abidal e André Cury. Quem recepcionou com os emissários catalães foi o brasileiro Leonardo, ex-lateral do penta e hoje executivo do time francês. A missão do trio é também recomendada pelo homem do Barça com maior interesse na negociação: Lionel Messi.
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