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Teatro Alberto Maranhão fecha para reforma

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REFORMA - A diretora do TAM, Hilneth Correia, mostra os estragos feitos pela chuva

As velhas cortinas vermelhas do teatro ficarão suspensas até o dia 25 de agosto, quando o Teatro Alberto Maranhão voltará a funcionar, depois das reformas emergenciais que começaram no última quinta-feira, dia 24 de julho. Reparação do gesso e amadeiramento, troca das cortinas, reforma nas cadeiras, equipamentos de luz e som, problemas na refrigeração, modificação da parte elétrica e outros retoques são os motivos da liberação da verba emergencial  de R$ 350 mil assinada pela governadora Wilma de Faria.

Na visão de Hilneth Correi -, atual diretora do teatro – a reforma é uma medida necessária para que o teatro continue em funcionamento. “Depois das chuvas e do alagamento que aconteceu em maio, (tomando a proporção até a altura do encosto das cadeiras) o teatro ficou cheio de goteiras e a parte mais prejudicada foi o teto”, contou Hilneth, acrescentando que o mês de julho foi escolhido por ter menos pautas. “Esse ano choveu muito. A governadora nos disponibilizou 50 mil reais para pequenos concertos, fardamento de pessoal, mas acabamos que só conseguimos recomeçar em março e agora necessitamos dessa reforma maior”. 

Para a diretora, outro grande problema hoje é a refrigeração. “Nós conseguimos agora uma parceria com a Caern e o governo do RN, quando o teatro terá, um novo sistema de refrigeração do tipo split.  Teremos em breve novos refrigeradores e os dois compressores velhos serão transformados em um. Esse é um problema que está instalado há mais de 30 anos. Agora teremos 500 BTU de ar”.

Além de todos os aparatos da reforma, começará esse mês a simulação da informatização dos bilhetes. “A maioria dos teatros brasileiros já está com sua bilheteria computadorizada e aqui ainda é tudo manual. Esperamos até o final do ano ter todo o projeto concluído”.

Atualmente o teatro está com pautas marcadas diariamente, com um crescimento de quase 400% de 1995 até hoje. Na tabela de demonstrativos em 1995 o total de público anual era de 57.244 com 121 espetáculos. No ano passado o número de público chegou a 182.997 com 410 espetáculos.

Embora a casa não seja espaçosa para abrigar grandes espetáculos  – acarretando em muitos projetos diluídos pelo caminho – e sua acústica necessitando de reparos melhores, a diretora acredita que Natal necessita de um teatro maior que não seja a ampliação do TAM. “Como o teatro é tombado pelo patrimônio histórico cultural nós não poderíamos ampliá-lo e mexer na sua estrutura de uma maneira bruta. Acho sim que Natal deveria ter teatro maiores, mas que poderão ser feitos em outros lugares”, acredita.

Para falar um pouco mais sobre sua administração, impulsos e críticas que recebeu na primeira reforma, ocorrida em 2003, Hilneth Correia concedeu a seguinte entrevista ao VIVER:

VIVER: Na última reforma que aconteceu durante a comemoração dos 100 anos do TAM, em 2003, a senhora modificou muito o teatro e recebeu críticas de diferentes vertentes da sociedade, principalmente da parte dos artistas. Como a senhora observa esse olhar hoje cinco anos depois?
Hilneth Correia:
As pessoas criticam antes de ver os resultados. Um fluxo de pessoas reclamou muito e outro elogiou. Não podemos agradar todo mundo.

Lembro que uma das reclamações foi sobre a retiradas das plantas e a colocação de cimento, atrapalhando a acústica…
O que tínhamos antes eram plantas amontoadas no meio do pátio e a decisão de limpar o espaço era deixar tudo mais prático e facilitar a passagem. Acho que consegui mostrar que sou uma gestora, nesses anos todos mostrei que poderia melhorar a situação que o teatro estava. A vida do teatro é contínua precisamos pensar num todo, na equipe, na divisão das tarefas e acredito que consegui melhorar muito.

Em algum momento a senhora pensou em desistir de tudo?
Pensei sim..(silêncio). A burocracia e a lentidão com que as coisas andam terminam cansando. O que me motiva é saber que em breve, provavelmente em março, teremos a inauguração da casa aqui ao lado do teatro com espaço para dança e artesanato. É isso que está me deixando feliz.

E depois da sua gestão, o que deseja para o futuro? 
Quero morar fora do Brasil por uns meses, para fazer cursos. Meu desejo é continuar nessa área cultural e fazer o que gosto que é escrever a minha coluna semanalmente.

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