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Tempo para escoamento será maior

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O tempo para normalizar o nível d’água no município de Touros é maior que o estimado inicialmente. Segundo a Secretaria Municipal de Obras, serão precisos nove dias de trabalho de escoamento, com uso de sete motobombas durante 24 horas. Primeiro, pensava-se um prazo de cinco dias. A previsão considera o tempo de estiagem e a colaboração do processo natural de evaporação. Desde a quinta-feira, 12, chove na cidade somente na madrugada, mas sem aumentar o volume d’água. Nesta sexta-feira, os trabalhos conseguiram reduzir o nível em 20 centímetros.

Touros está em situação de emergência desde o dia 7 de julho, quando começou a chover em todo litoral estadual. Em cinco dias, foram registrados 352,89 milímetros de chuva na cidade. Moradores perderam móveis, roupas, objetos pessoais e estão com residências em risco. Segundo a administração municipal, cerca de oito mil pessoas foram atingidas de forma direta ou indiretamente pelas inundações. Nenhum acidente ou morte foi registrado em decorrência da situação, e os serviços públicos, como escolas e hospital, não foram afetados.
Ruas tomadas pela água no município de Touros
Apesar do uso das motobombas, funcionando sem intervalos, algumas ruas continuam inundadas em Touros

As ações no município estão sendo realizadas pela Prefeitura de Touros, com colaboração da Defesa Civil Estadual, Corpo de Bombeiros, Exército Brasileiro, grupos católicos, escoteiros e parcela da população, que não foi afetada pelas enchentes. Ao todo, aproximadamente 450 pessoas estão colaborando com a ajuda humanitária.

Um documento solicitando ajuda humanitária foi enviado nesta sexta-feira para o Governo Federal. A expectativa é que a União reconheça a situação de emergência no Diário Oficial desta segunda-feira, 16, e envie cestas básicas, itens de higiene pessoal, limpeza, kits infantis e para idosos, água mineral, colchões e lençóis.

O Estado e o Município também solicitam permanência do Exército no local até o nível d’água baixar e se normalizar. Inicialmente, dez homens do setor de engenharia do Exército foram enviados à Touros, com a colaboração de escavadeira, retroescavadeira e motobombas. O prazo para o trabalho se encerrou neste sábado, mas a tropa continua no local.

As frentes de trabalho, agora que a quantidade de chuvas é menor, é, além da retirada da água, de assistência humanitária e apoio psicológico às famílias.

A secretaria de administração de Touros afirmou que foram feitas distribuições de alimentos, água mineral nas residências localizadas nas ruas afetadas pelas enchentes. Uma frente para intensificar vacinações nas residências também foi criada. Antes, as vacinas estavam sendo realizadas somente na Unidade Básica de Saúde da cidade.

São Miguel do Gostoso enfrenta dilema ambiental

Uma lagoa se formou no município de São Miguel do Gostoso com as chuvas que caíram na última semana. As águas afetaram algumas pousadas, comércio e também impediu a passagem para um dos bairros, mas não chegou a uma situação emergencial. No entanto, a população se dividiu entre os que queriam ações da Prefeitura para escoar a água para o mar e os que queriam a permanência da lagoa.

Emergência

Durante toda a semana, a gestão municipal consultou órgãos ambientais para saber como proceder na gestão da crise. A Defesa Civil do Estado chegou a ficar de prontidão no local, caso fosse preciso agir de emergência. Enquanto o impasse tinha continuidade, o acesso a algumas partes de São Miguel do Gostoso foi possível somente a pé ou pelas praia.

Consultado, o Instituto de Desenvolvimento Sustentável e Meio Ambiente (Idema) sugeriu que aguardassem o processo natural de abertura de canal, antes de tomar alguma providência. Na manhã deste sábado, 14, o canal foi aberto, conforme previu o Idema.

O nível d’água da lagoa não aumentou nos últimos três dias. A última chuva de grande volume ocorreu na última quarta-feira, 11. Inicialmente, houve a preocupação das chuvas continuarem e a situação se agravar, semelhante ao que ocorreu no município de Touros.

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