Numa conversa informal discutíamos ontem, o presidente do Conselho Deliberativo do América, José de Vasconcelos Rocha, este colunista e o diretor de futebol rubro, Ricardo Bezerra. O assunto era o agravamento do problema das torcidas organizadas. Por melhor que seja o esquema planejado e maior o contingente de homens da PM, nada parece impedir a ação dessas torcidas. Sábado, em Fortaleza, só não houve morte, porque policiais cearenses foram vistos com arma na mão, inclusive atirando para o alto como forma de intimidar os brigões mais afoitos. Registre-se o comportamento agressivo de uma parte da Máfia. Lamentavelmente, vendo que os visitantes queriam mesmo confusão, os policiais usaram e abusaram do cassetete, além de socos e pontapés.
Tempo quente (2)
Todo mundo sabe que há uma velha rixa quando se cruzam Náutico e América e Ceará e América. É triste dizer isso, mas não se deve esperar, sábado, um clima de amistoso solteiros x casados. Se nós temos a Máfia, eles vêm com a Fanáuticos. Daí, a preocupação dos dirigentes rubros, do Ministério Público e Polícia Militar. Haverá monitoramento dos ônibus que sairão do Recife, a partir do momento em que entrarem em solo potiguar.
Saudosismo
Não precisa ser muito velho para recordar os antigos ABC x América a partir dos anos 60. Do lado do Alvinegro, ora Ribamar, às vezes o baixinho Erivan, Piaba, Otávio, Cadinha, Isulamar, Toinho de Macau, e do outro lado, Dedé, Biu, Lolô, Rodrigues, Berilo, Arandir, Véscio, Assis, Evaldo. O estadinho do Tirol superlotado, a “Frasqueira” tomando todo o espaço do lado do sol, uma ampla arquibancada construída numa das administrações de João Machado no governo Aluízio Alves.
Saudosismo (2)
Foram dezenas, quase centenas de clássicos decisivos com o “JL” superlotado. Poucos policiais no estádio, até porque brigas de torcidas não existiam. O que se ouviam eram xingamentos ou vaias. Final de jogo, as torcidas se manifestavam de acordo com o significado do placar. Havia aalegria entre os vencedores, e a cara “amarrada”, dos vencidos. Curiosamente, era mais fácil haver desentendimento entre jogadores, no gramado do que no meio das torcidas. Isso, há anos.
Frustração
Pessoas que foram ver Ceará x América no Castelão dos alencarinos voltaram com a melhor impressão do estádio. Tudo muito bem cuidado, limpo, cadeiras confortáveis em toda a extensão da arquibancada, serviço de som, placar convincente. Ganhou nota 10. Todos esperam que o prefeito Carlos Eduardo, antes de concluir seu mandato dê uma nova roupagem ao nosso combalido Machadão.
Crítica azeda
Vejam o que escreveu o colunista do “Jornal do Commercio” de Recife, Lula Carlos sobre o Náutico, depois do 3×3 diante do Paulista, nos Aflitos. “Não estou aguentando o técnico do Náutico. Como faz besteiras, o cidadão. A defesa do Náutico é um caso perdido, sai fulano entra sicrano, e não tem jeito. Ele sabe que os zagueiros não saltam meio palmo do chão… Não pula, ficam na ponta dos pés. Bola alçada, é um perigo.
Crítica (2)
O treinador Paulo Campos vê tudo isso e não toma nenhuma providência. Os alas até que são bons, mas conduzem a bola e não voltam pra marcar. Sidney não marca ninguém, Netinho também não, Nildo não liga pra isso, e Capixaba não está nem aí. O treinador não faz nada para corrigir essas deficiências. Ou a diretoria tem uma conversa séria com esse técnico, ou o Náutico sobra no G-4”.
Campanhas
Como visitantes, América e Náutico estão quase equivalentes. O “Timbu” tem duas vitórias fora de casa, e quatro empates, enquanto os rubros potiguares têm também duas vitórias fora e um empate. Os dois somam 14 triunfos na competição, empatando com o Atlético Mineiro.
Volta
Quem está de volta ao escritório da Advocacia Rocha, após a compulsória como desembargador federal do TRT/RN é o ex-presidente do América, agora advogado José Rocha. Enquanto não cumpre todo o período probatório, fará apenas consultoria.
Basquetebol Master
A turma de basquete que faz a AVAB/RN promove esta noite, 19h no Restaurante Mina Dágua (av. Campos Sales) coquetel de lançamento do 22o. Encontro Nacional de Basquetebol Master, a se realizar em Natal, de 11 a 18/11. A expectativa de presença de atletas é de 1300 participantes.
Síndrome
Tendo deixado escapar ano passado uma classificação que parecia rigorosamente certa, o Náutico deixou fugir diante do Grêmio, num dos maiores fiascos de um clube pernambucano no Brasileiro. Por isso, os dirigentes têm insistido nas sessões de motivação dos jogadores para evitar um outro vexame.