Max Duke e seus amigos entram numa nova fase
A marca já é, em si, uma animação à parte. Aparece a cachorrada toda puxando um amarelinho – um minion, adorador do Malvado Favorito. Arrastam o minion, que tenta ficar de pé, e lá se vai a cachorrada de novo. A pirueta antecipa o clima do filme, que começa resumindo a história de Max e seus amigos.
De cara, Max e Duke lembram o momento em que seus donos se encontraram, casaram e tiveram o bebê, Liam. Uma série de cenas rápidas dá conta de como a dupla sofreu nas mãos do molequinho, até o dia em que ele abraça os amigos e diz que os ama. Pronto – a partir desse momento, o pequeno humano domesticou seus pets. Max assume como razão de sua vida proteger o menino, que agora vai entrar numa nova fase, indo à escola, etc e tal. Etc e tal? Ops! Porque essa parte está muito parecida com o começo de Toy Story 4, em que Woody, o caubói, também assume como sua razão de ser a proteção de Bonnie. E, como Bonnie, fez – literalmente – um novo amigo, Garfinho, Woody será capaz de tudo para garantir a felicidade da menina. Até aqui, existe certa semelhança – de origem e conceito, não de animação nem design gráfico -, mas logo Toy Story 4 e Pets 2 tomam rumos diversos, e o segundo vira dois em um.
A família vai sair de férias – “vamos andar de carro!”, exultam Max e Duke – e o primeiro arranja quem cuide do seu pet favorito, porque animal doméstico também tem seus brinquedos. A escolhida é Gigi, que, logicamente, atrapalha-se toda (mesmo unida a Bola de Neve, o coelho super-herói). A partir daí, o filme segue as aventuras de Max na fazenda, à sombra do cão de guarda chamado Galo e na cidade as da gatinha que tem de reaver o toy que sumiu. Para complicar um pouco – muito? – surgem um filhote de tigre, que age feito gatinho grande, e o dono de um circo que mais parece o Malvado Favorito, com um séquito de lobos e um mico (macaco) que mais parece o demo de tão ruim. Chris Renaud reassume a direção, valendo lembrar que ele já havia dirigido o 1, em 2016. Conhece sua bicharada. Os relatos, no plural – a parte na cidade e a na fazenda -, visam despertar nas crianças, de forma não necessariamente didática, e com evidente fascinação pelos malvados (a marca do Illumination), conceitos como amizade, lealdade, solidariedade. A união faz a força, mas isso, na ótica de Renaud, é só meia verdade. O filme também aposta na individualidade, e chega o momento em que Max precisa encarar, e libertar, o Galo dentro dele para vencer os lobos desse mundo.
A distribuidora estima 50/50. Os dubladores são Danton Mello, Luiz Miranda, Tiago Abravanel e Dani Calabresa. Danton, quem é que não sabe?, é irmão de Selton Mello, que também tem no currículo uma vasta experiência como dublador. São do ramo, esses dois.