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Temporais matam 50 em Santa Catarina

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METEOROLOGIA - Joinville é uma das cidades mais afetadas pelas fortes chuvas

 Florianópolis (AE) – Subiu para 50 o número de mortos e já são 42.127 o total de desabrigados (14.411 que tiveram que abandonar suas casas e estão em abrigos mantidos pelo Estado e 27.616 desalojados que abandonaram suas casas e estão em casa de amigos ou parentes), principalmente nas cidade de Blumenau e de Itajaí. Este é o saldo parcial, segundo informou a Defesa Civil de Santa Catarina sobre a enchente na região litorânea do Estado que já dura três dias. O prefeito de Blumenau, João Paulo Kleinübing, decretou estado de calamidade pública no município. Até o fim da tarde de ontem, 13 mortes e vários desaparecidos eram contabilizados no município. A cidade de Ilhota, no mesmo vale, registrou 14 mortes.

A Defesa Civil de Blumenau alerta para a possibilidade de novos deslizamentos e desmoronamentos no município. Segundo o diretor Telmo Duarte, vários pontos nos bairros estão em situação de risco. “Mesmo com a diminuição da intensidade das chuvas e o nível do rio diminuído, a terra está muito encharcada e continua oferecendo riscos”, avisou Duarte, que aconselhou as pessoas a levarem consigo apenas objetos pessoais, colchão e alguma roupa para facilitar a mobilização. As escolas públicas e particulares no município permanecem sem aulas até que a situação se normalize na cidade.

O governador de Santa Catarina, Luiz Henrique da Silveira, afirmou que o Estado enfrenta a pior tragédia climática da história catarinense com as chuvas fortes e contínuas há mais de 60 dias. Em relato pessoal ao secretário nacional de Defesa Civil, Roberto Costa Guimarães, Silveira informou que a enchente atinge um universo de mais de 1,5 milhão de pessoas. O governo federal colocou à disposição todos os suprimentos necessários.

Para o atendimento emergencial nos mais de 60 municípios atingidos, o governo do Estado trabalha com todas as equipes de emergência e instituições de governo sob a coordenação do Departamento Estadual de Defesa Civil. Equipes do interior do Estado e de cidades que não foram afetadas também foram deslocadas para os municípios do litoral, do norte catarinense e do Vale do Itajaí. Além do alto número de desabrigados e desalojados, Santa Catarina enfrente problemas no abastecimento de gás, água e energia elétrica. Há pessoas desaparecidas e pelo menos quatro municípios estão isolados.

Desabrigados e estradas terão prioridade no atendimento

O governo catarinense já decretou situação de emergência no Estado. A prioridade, conforme o governador Luiz Henrique, é o atendimento aos desabrigados e o resgate das pessoas que estão em áreas de risco. Quando a água descer será feito o levantamento de danos e prejuízos para a busca de recursos junto ao governo federal. O governador já manteve contato o presidente Lula; com os governadores do Rio Grande do Sul, Ieda Crusius, e do Paraná, Roberto Requião; e com os ministros de Saúde, José Gomes Temporão, da Defesa, Nelson Jobim, e da Integração Nacional, Geddel Vieira Lima. Todos foram solidários a Santa Catarina e estão auxiliando nas suas respectivas áreas de atuação. Medicamentos, cestas básicas, colchões, cobertores, travesseiros e materiais de limpeza foram disponibilizados por Brasília e já estão sendo distribuídos nos municípios afetados.

A situação das rodovias estaduais e federais também contribuem para agravar o drama causado pelas chuvas. A BR-101, no km 235, na Grande Florianópolis, está totalmente interditada. Serão necessários pelo menos mais três dias para a retirada da barreira que caiu sobre a pista. Um desvio precário é usado apenas por veículos de emergência. A BR-282, até então o único acesso com o Rio Grande Sul, foi interditada totalmente no fim da tarde de hoje (24) por causa de uma nova seqüência de queda de barreira.

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