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Terceirizações crescem mais no RN

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Andrielle Mendes – Repórter

Patrícia Marinho é gerente de uma das maiores prestadoras de serviços terceirizados do estado. O grupo gerenciado por ela começou com dois funcionários e hoje conta com 12 mil no Nordeste e no Sudeste. O crescimento da empresa, que atua há 35 anos no mercado, ilustra o avanço da terceirização no Rio Grande do Norte e no Brasil.
O setor de vigilância é um dos que mais fornecem mão de obra terceirizada: empresas esperam mais crescimento, na esteira de projeto de lei ainda em discussão
Entre 2006 e 2012, o número de trabalhadores terceirizados no país subiu 5%. já no RN, o salto foi de 11,11% – mais do que o dobro. O estado também registrou um crescimento quase duas vezes superior no número de empresas prestadoras de serviços. Enquanto o total de empresas subiu 16,3% no Brasil, no Rio Grande do Norte avançou 22%.

O Rio Grande do Norte é um dos estados onde a terceirização mais avançou. O setor no estado tem crescido numa velocidade quase duas vezes superior à registrada em todo o país, de acordo com levantamento realizado pela Federação Nacional das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental (Febrac) à pedido da TRIBUNA DO NORTE.

Mudanças

Mudanças que estão a caminho podem impulsionar ainda mais esse crescimento. A Câmara de deputados discute neste momento um projeto de lei que promete regulamentar a terceirização e criar regras para as empresas prestadoras de serviços terceirizados no Brasil.

#SAIBAMAIS#A proposta que seria apreciada nesta semana teve a votação adiada para o dia 3 de setembro. As centrais sindicais discordaram do relatório apresentado pelo relator, o deputado Arthur Oliveira Maia (PMDB/BA), à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, e conseguiram postergar a data. A proposta ainda precisará passar pelo Senado para virar lei.  Mas ainda não há data para que isso ocorra.

Para os empresários, o projeto – que amplia a área de atuação das terceirizadas, ao permitir que se terceirize não só ‘atividades-meio’, como vigilância, limpeza e conservação, mas ‘atividades-fim’, que são consideradas a essência da empresa que contrata o serviço – pode alavancar ainda mais o crescimento do setor. Já há empresas planejando novos investimentos, de olho na aprovação do projeto de lei.

No Rio Grande do Norte, a chegada de novas empresas no RN  – sobretudo as que atuam no setor de energias renováveis – ajuda a explicar a expansão dos números. A análise é do presidente do Sindicato Patronal das Empresas Prestadoras de Serviços de Mão de Obra do RN e diretor de Relações Institucionais da Federação Nacional das Empresas de Serviços e Limpeza Ambiental, Edmílson Pereira.

Segundo dados do Sindicato Patronal das Empresas Prestadoras de Serviços de Mão de Obra (Sindprest/RN), há pelo menos 50 empresas prestadoras de serviços terceirizados e cerca de 20 mil trabalhadores terceirizados no RN. O faturamento anual do setor chega a R$ 600 milhões.    

Edmílson, a exemplo dos representantes de outros sindicatos patronais, defende a aprovação do projeto de lei, que foi apresentado em 2004 e até hoje é discutido pelo Congresso. O texto, no entanto, admite Edmílson, é polêmico.

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