terça-feira, 19 de março, 2024
27.1 C
Natal
terça-feira, 19 de março, 2024

Terra

- Publicidade -

Dácio Galvão

No século XXI a guerra fria elegeu naturalmente um repertório peculiar dentro do atual contexto de globalização. A complexidade de apreensão da geopolítica mundial nos deixa absortos e tontos. Sejam por dificuldades de entender convergências e divergências de interesses entre as potências oligopolistas ou mesmo entre as nações não hegemônicas. É um baralho muito bem embaralhado nos pacotes escoados através de empresas midiáticas com editoriais, colunas, blogs alinhados cada qual ao projeto de poder que estão a serviço. A defesa desse ou daquele projeto do patrão com raras exceções. Sendo pelo viés ideológico, maniqueísta ou vincado a lógica pragmática neoliberal. Difícil de entender e de se posicionar. É bombardeio de informações instantâneas e labirínticas. Nós, pobres mortais continuamos boiando. Chacrinha continua balançando a pança e comandando a massa! E o povão?

No condimento veem componentes religiosos e eletrônicos trazendo frequentemente a lume Jesus Cristo, Maomé, personagens anônimos, hackers sequestrando dados e bloqueando sistemas complexos de informações sigilosas, praticando crimes contra a humanidade em rotineiros ciberataques que engessam por horas ou dias a economia nas bolsas de valores, que deixam perplexos órgãos de informações com vazamentos dados antes impossíveis de imaginar. Mas continuam aterrorizantes ciladas com armas brancas usadas por samurais e cangaceiros. Conceito digital convivendo com o analógico.  Se a revolução digital, em curso irrefreável, estando disponibilizada para alguns serviços secretos de países poderosos é possível também afirmar que outros países de menor peso bélico não tendo acesso as armas virtuais se valem de artefatos caseiros, de homens bombas, sequestros de pessoas e aeronaves, intimidam aglomerações humanas em praias, boates, utilizam cianuretos, guerras químicas, envenenamentos… As populações civis que quase nada sabem de onde se originam esses conflitos que o mundo presentemente vivencia se plasmam perplexas a cada momento teleguiadas nas informações imprecisas e manipuladas.

Aqui acolá espoca uma fala acadêmica tentando clarear o entendimento do que se passa entre etnias variadas no oriente e correlações de políticas externas. No ocidente, as explicações de fracassados projetos socialistas em favor da assunção de retomadas de economias capitalistas nacionalistas é o novo dado. O “ouro negro” e seus derivados arriscam dizer os entendidos na matéria, continua valendo como a moeda que justifica a guerra nas estrelas ou nas casas quentes e arenosas da Índia, Síria… Religiões, reservas de petrolíferas, embasam o ensandecido poder de domínio  sendo o fulcro de cobiças humanas no período antropocêntrico!

Isso se manifesta em atitudes aparentemente despojadas de conteúdos ensejada por exemplo  por Donald Trump, quando resolveu quebrar a pactuação com mais 160 países comprometidos com a descarbonização da economia. Se frustra a perspectiva de surgimento de uma nova geração lutando por energia renovável e do adeus à energia fóssil! No seu estilo arrogante o líder americano se justificou que se continuasse respeitando o acordo para redução de emissão de dióxido de carbono os EUA ficariam mais pobres. Vejam só!

Desde os períodos Paleolítico, Neolítico, Mesolítico que os grupos humanos são comumente desafiados por autossustentabilidade, mudanças climáticas e suas consequências em vidas animais, vegetais e sistemas de organizações sociais. A evolução de humanos do passado, e dos Homo Sapiens do presente, revelam a incrível possibilidade do nos desorganizarmos e igualmente superarmos processos de retomadas civilizatória evolutiva. Até quando, ninguém sabe. Afinal, a ameaça maior é a guerra atômica e não mais o canibalismo ou a pedra lascada. A arqueologia tem assinalado esse trajeto em pelo menos 400 mil anos. Em contextos diferentes, aponta inclusive para grupos humanos não belicosos em terras dentro de limites geográficos brasileiros, antes dos povos tupis. Portanto bandeiras de pacifismo é cultura de há muito. Não é fato novo.

Pois é. Contemporaneamente, notáveis como Kim Jong-um, Donald Trump, Vladimir Putin, Bashar al-Assad, Abu Bakr al-Baghdadi, Ayman al-Zawahiri entre outros são protagonistas do cenário mundial e parece nesse momento dos destinos do planeta! Enquanto o G7 cobiça a hegemonia o Brasil e países periféricos… A barra tá pesadíssima.

Ah! Sim. Navegando no ufanismo poético de Ary Barroso, o Brasil não perde as esperanças de um Brasil que canta e é feliz e que é também um pouco de uma raça que não tem medo de fumaça e não se entrega não! Acredito, apesar de.

- Publicidade -
Últimas Notícias
- Publicidade -
Notícias Relacionadas