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Terremoto faz centenas de mortos

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Katmandu (DW/AE) – Equipes corriam contra o tempo ontem para retirar dos escombros milhares de pessoas soterradas por toneladas de entulhos após um violento terremoto de magnitude 7,8  graus na escala Richter que destruiu prédios, derrubou templos centenários e desencadeou avalanches na Cordilheira do Himalaia, no Nepal.

Ao final da tarde de sábado, as autoridades locais confirmavam 870 mortos, número que deverá crescer à medida que o trabalho de resgate avança.
Equipes de resgate trabalham em busca de vítimas do terremoto nas imediações da Praça Durbar, em Kathamandu, no Nepal
As autoridades relataram mortes em quase todas as regiões, com exceção do extremo oeste do país. O abalo sísmico atingiu ainda diversas partes da Índia, China e Bangladesh, onde também foram registradas vítimas. Pelo menos 20 pessoas morreram na Índia, seis no Tibete e duas em Bangladesh. Também foram registradas as mortes de dois cidadãos chineses na fronteira do país com o Nepal.

Entre as vítimas estão ainda oito montanhistas, atingidos por uma avalanche no Monte Everest. Pelo menos 30 ficaram feridos. Segundo autoridades, abril é um dos meses mais procurados para escalar o pico mais alto do mundo, por ser o período antes das chuvas.

É grande o número de feridos e a região continua sendo atingida por tremores de menor intensidade. Este é considerado o pior abalo de terra no país asiático nos últimos 80 anos.

O epicentro do terremoto fica no centro do Nepal, no distrito de Lamjung a 80 quilômetros a noroeste da capital, Katmandu, a uma profundidade de apenas 11 quilômetros, segundo informou o Instituto de Geofísica dos Estados Unidos (USGS). O tremor ocorreu às 11h56 da manhã, horário local, 3h10, em Brasília.

Brasileiros
Ontem, o governo brasileiro deu início a uma missão de localização e assistência a brasileiros residentes ou em viagem de turismo no Nepal, país atingido pelo terremoto. Até o momento, as autoridades locais identificaram cerca de 900 mortos, mas há um número indefinido de vítimas presas em escombros. Segundo o Itamaraty, até agora não há registro de brasileiros entre os mortos ou feridos, mas a missão de busca segue em andamento.

O setor de assistência consular, baseado em Brasília, também está em contato com a embaixada no Nepal na tentativa de obter informações e transmiti-las a parentes no Brasil. O último dado atualizado era de um grupo de nove brasileiros em viagem ao Nepal foi localizado. Todos passam bem.

Na embaixada do Brasil em Katmandu não houve danos ou feridos, segundo informações preliminares. O vice-cônsul estava percorrendo hotéis da região em busca de informações sobre brasileiros. Os demais funcionários tentavam entrar em contato com grupos de cidadãos que vivem no país. O último contato entre a embaixada brasileira e o Itamaraty ocorreu no final da manhã deste sábado. Todo o sistema de comunicação funciona precariamente: linhas telefônicas, celulares e fixas, além da internet.

O governo declarou estado de emergência nas áreas afetadas. Não se sabe o tamanho do estrago na região do epicentro, já que as informações são escassas. Mais de 1,7 mil pessoas feridas procuraram atendimento médico em hospitais da região. Segundo o ministro de Informação, Minendra Rijal, há “grande destruição” na área do epicentro. “Precisamos de ajuda de várias agências internacionais, que têm mais conhecimento e equipamentos para lidar com esse tipo de emergência que estamos enfrentando”, informou  o ministro.

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