Um terreno abandonado há mais de três anos, no final da Rua Benício Filho, em Petrópolis, tem causado preocupação aos moradores do entorno. O espaço localizado em uma rua sem saída, está tomado pelo mato e lixo. A piscina da antiga casa, demolida para dar lugar a um prédio de 15 andares cuja obra nunca saiu do papel, acumula água e lodo favorecendo a proliferação de mosquitos. Na rua, quase todos os moradores relatam casos de dengue na família.
A tentativa de alguns moradores de colocar entulhos de construção civil no reservatório não é suficiente para deter a retenção de água das chuvas. Tampouco o muro erguido por eles, tem impedido a invasão do terreno por usuários de drogas. Embora com corrente e cadeado no portão, um buraco de cerca de 70 centímetros de diâmetro permite o acesso ao local.
Segundo o técnico em pavimentação Luiz Melo, a comunidade já buscou diversas vezes, sem êxito, solução junto aos proprietários do terreno. O caso já foi denunciado junto à Covisa e à SMS, que no último mês tratou e recolheu material para saber se há ou não foco de dengue. Por se tratar de uma rua com 70 metros de extensão e com uma única saída, o morador justifica que o projeto não teve autorização para construção por esbarrar em critérios previstos na Lei de número 4.885, de 07/10/1997, que dispõe sobre o Relatório de Impacto sobre o Tráfego Urbano (RITUR).
A dona de casa Francisca Porfírio, que mudou-se para a rua há oito meses, também reclama da “peste” de mosquitos e insetos que invade a casa a qualquer hora do dia. Por telefone, a arquiteta da Construtora Montana Anchela Freire de Oliveira Lopes afirmou que desconhecia o problema e não fora procurada pela comunidade até então. A arquiteta assegurou ainda que enviará uma equipe técnica para vistoriar o local.
