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Terror ataca em aeroporto turco

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Berlim – Três explosões atingiram na noite de ontem (pelo horário local) o aeroporto Atatürk, o principal de Istambul. Segundo o governador da cidade, Vasip Sahin, o ataque foi perpetrado por três homens-bomba, deixando ao menos 36 mortos e 147 feridos. Mais cedo, o ministro da Justiça da Turquia, Bekir Bozdag, havia divulgado um balanço inicial de dez mortos e 20 feridos, mas os números foram sendo atualizados ao longo do dia pelo gabinete de crise do governo turco.
Bombeiros e paramédicos montam estrutura de atendimento aos feridos na área de desembarque
Em pronunciamento transmitido pelas emissoras turcas, Bozdag afirmou que dois homens armados trocaram tiros com policiais na entrada do terminal internacional e, em seguida, detonaram explosivos presos ao corpo.

Os terroristas teriam se explodido pouco antes do primeiro controle policial – no aeroporto Atatürk, há revistas e equipamentos de raiosa-x na entrada do terminal e antes dos portões de embarque.

#SAIBAMAIS#Um terceiro suspeito, de acordo com o ministro, é também um homem-bomba, que teria provocado uma explosão no estacionamento do aeroporto. Embora Bozdag tenha falado em três terroristas, testemunhas citaram ter visto quatro suspeitos.

“Nós estávamos no controle de passaportes. Ouvimos tiros. Havia quatro pessoas, e elas começaram a atirar contra os passageiros. Em seguida, elas se explodiram”, afirmou uma testemunha à CNN.

Outras testemunhas ouvidas pela emissora disseram que ouviram duas violentas explosões, que geraram caos no aeroporto. “Foi muito forte, todas as pessoas entraram em pânico e começaram a correr para todos os lados”, disse um passageiro não identificado.

“Havia um homem andando de um lado para o outro. Ele estava vestido de preto e tinha uma arma”, afirmou a turista sul-africana Susie Roos. Em companhia do namorado, ela aguardava o embarque para voltar a seu país quando houve as explosões.

O Ministério do Interior turco montou um centro de crise para monitorar a situação. Segundo agências internacionais, todos os voos foram cancelados. Dezenas de ambulâncias foram enviadas ao aeroporto, e taxistas transportam os feridos a hospitais, segundo informa a imprensa local.

Até as 20 horas de ontem (horário de Brasília) não havia registro de brasileiro entre as vítimas. O  Consulado-Geral do Brasil em Istambul acompanha de perto a situação. Em nota divulgada ontem pelo Ministério das Relações Exteriores, o governo brasileiro condenou os atentados e prestou solidariedade aos familiares das vítimas e ao governo turco.

Nos últimos meses, os atentados – atribuídos a radicais curdos e ao “Estado Islâmico” – aumentaram em escala e frequência, espantando visitantes estrangeiros e abalando a economia, em parte dependente do turismo.

No início deste mês, um carro-bomba foi detonado em Istambul, no momento em que um ônibus da polícia passava próximo. Seis policiais e cinco civis morreram no ataque, reivindicado por radicais curdos.

Em fevereiro, a detonação de um carro-bomba deixou 29 mortos em Ancara. Em 13 de março, um ataque semelhante fez 37 vítimas. Dias depois, cinco pessoas morreram e 39 ficam feridas em um atentado suicida no centro de Istambul.

Os quatro ataques foram reivindicados pelo grupo Falcões da Liberdade do Curdistão (FAK), uma facção dissidente do proscrito Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

O maior atentado terrorista já ocorrido na Turquia foi em outubro de 2015, resultou em 102 mortes e foi reivindicado pelo grupo jihadista “Estado Islâmico” (EI).

Ontem, o Departamento de Estado dos Estados Unidos renovou o alerta sobre viagens para a Turquia, que havia sido emitido em março, quando familiares de funcionários do consulado americano na Turquia foram orientados a deixar o país. “O Departamento de Estado dos EUA adverte cidadãos americanos do aumento das ameaças de grupos terroristas em toda a Turquia e que evitem viajar para sudeste da Turquia. Isso substitui o alerta de viagem datada de 29 de março de 2016.” Após os recentes atentados em território turco, o governo do país criticou os EUA por fazer os alertas sem compartilhar informações suficiente.

Com informações da Deutsche Welle, Agência Estado e Agência Brasil

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