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Terror usa crianças em atentados

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TERRORISMO - Jovens iraquianos observam ferragens de carro usado em ataque suícidaAmã (AE-AP) – Grupos insurgentes e milícias no Iraque estão recrutando crianças para realizar atentados suicidas. A denúncia foi feita ontem pelas Nações Unidas, confirmando suspeitas divulgadas recentemente pelos militares norte-americanos. Radhika Coomaraswamy, representante especial da ONU para crianças e conflitos armados, disse que sua recente viagem de cinco dias ao Iraque convenceu-a de que as crianças são “as vítimas silenciosas da violência” atual. “Desde 2004, um número crescente de crianças vem sendo recrutado para várias milícias e grupos insurgentes, inclusive como suicidas”, disse Radhika.

A funcionária não revelou a fonte dessa informação. No começo de fevereiro, o Exército dos EUA revelou vários vídeos, que mostravam militantes treinando crianças aparentando 10 anos para seqüestrar e matar. A representante da ONU pediu que “os líderes religiosos e comunitários do Iraque enviem uma mensagem clara para as crianças iraquianas: fiquem longe da violência e voltem para a escola”.

 Guerra aberta

Ontem, o clérigo xiita Muqtada al-Sadr pediu o fim dos confrontos entre os milicianos comandados por ele e as tropas iraquianas. O religioso esclareceu que a ameaça de “guerra aberta” feita por ele se refere apenas às tropas estrangeiras, lideradas pelos Estados Unidos. Em um sermão lido por um de seus auxiliares, em Bagdá, Al-Sadr pediu que os policiais e soldados iraquianos “não apóiem os invasores no combate aos nossos irmãos”.

O texto foi lido em uma mesquita em Cidade Sadr, bairro de maioria xiita que é um bastião da milícia liderada pelo clérigo, o Exército Mehdi. O esclarecimento veio após Al-Sadr divulgar outro comunicado, em que afirmava dar um “aviso final” ao governo iraquiano. Se não fossem interrompidos os ataques ao Exército Mehdi, haveria uma “guerra aberta até a libertação”. Acredita-se que o clérigo antiamericano esteja no Irã.

Também ontem, o chefe do estado maior conjunto dos EUA, Mike Mullen, acusou o Irã de aumentar o apoio aos insurgentes iraquianos, com armas e treinamento. Mullen também advertiu que os EUA têm poder suficiente para atacar Teerã, se necessário. Segundo o norte-americano, foram identificadas armas iranianas em recentes combates em Basra, sul do Iraque.

Mullen ponderou que um terceiro conflito – além dos realizados no Iraque e no Afeganistão – seria desgastante para o país. Mas advertiu que isso não é uma impossibilidade. A declaração é semelhante a outras já feitas pelo secretário de Defesa, Robert Gates, de que todas as opções “estão sobre a mesa” para lidar com o Irã.

Vinte e quatro morrem no Sri Lanka

Colombo (AE-AP) – Uma bomba explodiu ontem em um subúrbio de Colombo e deixou 24 mortos e 40 feridos, segundo um porta-voz militar. Suspeita-se que rebeldes foram os responsáveis pela ação, realizada em Piliyandala, ao sul da capital. A explosão ocorreu às 18h45 (hora local). O ônibus, com vários passageiros, estava parado em um ponto no momento do incidente. “Esse é certamente um ato do LTTE”, afirmou o brigadeiro Udaya Nanayakkara, porta-voz militar.

Ele se referia aos rebeldes do Exército de Libertação dos Tigres do Tamil Eelan (LTTE, na sigla em inglês). Um hospital das redondezas recebeu vários feridos. Para auxiliar na operação, médicos e enfermeiras que não estavam de plantão se apresentaram. O porta-voz do grupo, Rasiah Ilanthirayan, não havia retornado as ligações para comentar o ataque. Os Estados Unidos e a União Européia consideram o grupo terrorista. O incidente foi o primeiro grande bombardeio no país desde um atentado suicida deixar 14 mortos. Entre as vítimas fatais do ataque de 6 de abril, ocorrido no início de uma maratona, estava um ministro do governo.

Os membros LTTE lutam desde 1983 para criar um Estado independente para os tâmeis. A etnia é marginalizada há décadas por sucessivos governos controlados pela maioria cingalesa. Mais de 70 mil pessoas já morreram nos conflitos.

Carro-bomba mata três no Paquistão

Peshawar (AE-AP) – Um carro-bomba matou três pessoas na cidade de Mardan, noroeste do Paquistão, informou a polícia local. O atentado desta sexta-feira ocorreu apesar de um pedido de líderes do Taleban para que os militantes evitem ataques, em meio aos esforços do novo governo para alcançar acordos de paz na tumultuada região. Um braço do Taleban no Paquistão assumiu a autoria do atentado. Segundo um porta-voz do grupo, a ação havia sido programada antes do início das conversas de paz.

Ele também disse que o grupo segue comprometido com essas negociações. A bomba interrompeu um período de cinco semanas de redução da violência. Ela foi detonada entre uma delegacia policial e um mercado, às 6 horas locais, segundo o policial Akhbar Ali Shah. Outro policial, Javed Khan informou que um colega morreu. As outras vítimas eram o dono de um pequeno restaurante e um de seus empregados.

Segundo Maulvi Umar, porta-voz do grupo Tehrik-i-Taliban Pakistan, braço do Taleban no país, disse que o ataque foi uma vingança pela morte do comandante do Taleban Hafiz Saidul Haq. O novo governo busca se distanciar da estratégia linha-dura da administração anterior, formada por aliados do presidente Pervez Musharraf.

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