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Terroristas usam meninos para executar ataques na Turquia

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Após um menino de 12 anos se explodir em uma festa de casamento e matar, no último domingo (21), ao menos 54 pessoas na Turquia e deixar quase 100 feridas, outro adolescente da mesma idade foi impedido de também realizar um ataque.

 Vestido com a camisa de seu ídolo no futebol, o argentino Lionel Messi, o “menino-bomba” foi impedido de realizar a ação na noite de domingo (21), em Kirkuk, a capital do Curdistão iraquiano. Ele, que não teve a identidade divulgada, estava com um cinto de explosivos por baixo da camiseta e chorava muito ao ser parado por soldados, que desativaram o cinto.
Presidente da Turquia, Tayyip Erdogan: “Atentado de domingo tem ligação com o Estado Islâmico”
Não se sabe o destino do menino. Segundo fontes locais, ele também foi recrutado pelo Estado Islâmico.

Também no domingo, um adolescente – deixado por homens próximo a uma festa de casamento – se explodiu em Gaziantep, uma das maiores cidades da Turquia. Entre as 54 vítimas, estão ao menos 29 crianças e adolescentes – sendo que 22 deles tinham menos de 14 anos. Outras 14 pessoas estão internadas em estado grave em hospitais turcos.

Segundo o presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, o atentado no casamento tem ligações com o Estado Islâmico. Apesar da declaração de Erdogan, que condenou fortemente o atentado, até a conclusão desta reportagem, nenhum grupo havia reivindicado a autoria do ataque. Gaziantep é uma das maiores cidades da Turquia e fica perto da fronteira com a Síria.

“Esse jogo canalha que tentam em Gaziantep não vai funcionar. É preciso decifrar as intenções verdadeiras por trás dessas provocações a nossa nação. Não vamos comprometer a união, convivência e fraternidade de nosso país”, declarou Erdogan em um comunicado.

O papa Francisco lamentou, durante a missa do Angelus, o atentado. O pontífice pediu que os fiéis rezem pelas vítimas do ataque.

“Chegou até mim a triste notícia do sangrento atentado que ontem atingiu a querida Turquia. Rezemos pelas vítimas, pelos mortos e pelos feridos e peçamos o dom da paz para todos”, disse, rezando, em seguida, a Ave Maria.

A Turquia tem sido palco de uma série de ataques desde o final do ano passado. A maioria dos atentados teve a autoria reivindicada por terroristas do Estado Islâmico ou por militantes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK), que lutam pela independência da região.

O ataque durante a festa de casamento foi registrado pouco mais de um mês após uma tentativa fracassada de golpe de Estado contra Erdogan que complicou o cenário político turco.

*Da Agência Brasil, com informações da Agência Ansa.

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