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Testemunhas são ouvidas e armas periciadas

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O subcomandante do Policiamento do Interior, coronel Francisco Reinaldo de Lima, disse que o comando da Polícia Militar está atento às investigações sobre um tiro dado contra o motorista tomado como refém, durante uma fuga de assaltantes em Tangará, no dia 1º deste mês. A vítima denunciou que na ocasião foi libertado intacto pelos bandidos, e que foi confundido e baleado por um policial, apesar de se ajoelhar e colocar as mãos para cima, em sinal de rendição.

Dias depois, um Inquérito Policial Militar foi instaurado, no sentido de se esclarecer os fatos, já que no comunicado oficial, feito por um delegado da região ao comando, constava a informação de que a vítima havia sido atingida pelos bandidos. Mas a vítima foi levada para o Hospital Walfredo Gurgel, onde depois de cirurgiada, deu entrevista a TRIBUNA DO NORTE contando que o policial tentou executá-la.

Segundo a vítima, após ser tomada como refém pelos bandidos, o carro de sua propriedade apresentou um defeito. Os bandidos seguiram a fuga a pé, pelo matagal, mas antes mandaram que o rapaz corresse. Ao fugir, ele conta que encontrou policiais que procuravam os criminosos, e que um deles pensou que se tratava de um dos fugitivos. “Eu gritei que era o refém, mas ele disse que eu tinha que morrer e atirou”. O tiro perfurou o pulmão do motorista e saiu pelas costas, mas apesar da demora no socorro, ele conseguiu sobreviver.

De acordo com o coronel Reinaldo, a polícia designou o comandante do 8º Batalhão (Nova Cruz), coronel Edmilson Pereira, para presidir o inquérito. As investigações estão prosseguindo com a tomada de depoimentos e todas as armas usadas na operação foram recolhidas para serem periciadas pelo Itep em Natal. “O coronel está muito preocupado com isso e está acompanhando a apuração”, disse o subcomandante.Ele explica ainda que o IPM tem o prazo regulamentar de 30 dias, prorrogável por mais 20 dias. Após a conclusão, o relatório final é mandado para o Comando, que vai analisar e tomar as providências cabíveis. O motorista vitimado pelo disparo sustenta a acusação contra a polícia e citou, inclusive o soldado Jailton Costa, como testemunha direta do fato. Segundo denunciou, o soldado o conhece desde a infância – o PM trabalha em Tangará, onde a vítima mora – e não interveio para que o tiro não fosse dado. Mas Jailton contou a TN que chegou ao local depois que tudo já tinha acontecido, não vendo, portanto, quem atirou no rapaz. 

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