
Autor potiguar lança hoje, na Livraria da Vila, seu terceiro livro de contos
“Alguns apontam pra alegrias, enquanto outros apontam para o desencaixe e o desconforto que a autoconsciência nos provoca. E os textos foram escritos ao longo de cinco anos, desde o lançamento do meu primeiro livro e depois de jogar muita, muita coisa fora”, Thiago sobre a obra.
O potiguar é autor de “Thiago Barbalho vai para o fundo do poço” (Edith, 2012) e “Doritos” (publicação independente, 2013). “Desde o primeiro livro, eu tenho feito muitos trabalhos independentes enquanto tentava encontrar algum resultado na prosa que me deixasse satisfeito. E agora o livro finalmente ficou pronto e encontrou uma editora”, diz Thiago, que deseja muito lançar o livro em Natal. “Talvez no mês que vem. Vamos ver o que acontece”.
Sobre o Rio Grande do Norte, o autor conta ter lembranças importantes para a sua formação. “Não tem nenhum jeito mais eficiente de me sentir acolhido no mundo do que ir à praia em Natal, que era pra onde eu ia com meus pais e minhas irmãs todo fim de semana da minha infância”, comenta Thiago. “Não me sinto de outro lugar, talvez um pouco de Parnamirim, porque é onde meus pais moram desde algum tempo. Não só eu tenho laços com Natal, como eu sei que ela está em mim e eu preciso voltar pra ela com alguma frequência”.
Ele conta que na época em que era mais jovem e morava em Natal acompanhava a produção cultural da cidade com mais frequência. Pra mim foi muito importante encontrar referências, por exemplo, o Pablo Capistrano”, recorda. Agora distante, ele tem contato com alguns produções pontuais. Dentre o que chama sua atenção é o trabalho do artista visual Max Pereira e as “crônicas-cartuns sobre ansiedade da vida contemporânea”, de Aureliano Medeiros (Oi, Aure).
Para o filósofo e escritor paulista Juliano Garcia Pessanha, que escreve a orelha do livro, Thiago Barbalho é uma “espécie de tataraneto de Dostoiévski, mas ele, enquanto rebento lúcido, tropical e contemporâneo dessa linhagem, sabe que não há metanoia que transfigure a dor de perder, e a crítica já se sabe vencida desde o início”.