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TIM investirá R$ 30 milhões para expandir rede no Estado

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Renata Moura e Marcelo Hollanda – editora interina e repórter de Economia

Um mês depois de ser proibida de habilitar novas linhas no estado, a TIM entregou ontem, ao Juiz Magnus Delgado, da 1ª Vara da Justiça Federal, seu  plano de expansão da capacidade de rede. A entrega do plano é uma determinação da justiça e pré-requisito para que a empresa  possa voltar a acrescer novos clientes a sua base de usuários no estado.

Bacellar e Davies (diretor de Operações): capacidade sempre esteve de acordo com a demandaNo documento, levado ao Juiz pelo diretor da área  jurídica da TIM, Jaques Horn, a operadora se compromete a desembolsar R$ 30 milhões em 2011 para realizar a expansão da rede local. O plano, que está nas mãos do Juiz Magnus Delgado, é o mesmo enviado pela TIM à Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), no último dia 7. Nele, a operadora promete uma expansão de sua rede 25% maior que a demanda de tráfego prevista na região.

“Os efeitos serão percebidos pelos usuários ainda no primeiro trimestre”, disse ontem Maurício Bacellar, diretor de Comunicação da TIM. Segundo ele, o plano de expansão abrange 98 municípios do RN e não apenas os 13 referidos na ação da 1ª Vara da Justiça Federal.

Ontem, enquanto o diretor da área jurídica da TIM comparecia à audiência com o Juiz Magnus Delgado, Maurício Bacellar (diretor de Comunicação) e Charlie Davies (diretor de Operações de Rede) saíram em peregrinação pelos veículos de comunicação para explicar o plano de expansão.

Evitando comentar a decisão judicial, usando a velha máxima de “elas existem para ser cumpridas”, Maurício Bacellar afirmou que a operadora nunca deixou de investir na ampliação em sua rede no estado. Foram, de acordo com ele, R$ 17 milhões em 2009; R$ 24 milhões em 2010 e R$ 30 milhões este ano –  este último um desembolso que ele definiu como antecipação de investimento. 

Sobre as possíveis razões que teriam motivado a proibição da operadora de habilitar novas linhas enquanto não comprovasse a real capacidade de atendimento da demanda, Bacellar preferiu nada comentar.

Em vez disso, ele apresentou um indicador do Procon local, entre 2009 e 2010, mostrando que o número de reclamações fundamentadas contra a TIM no órgão de defesa do consumidor caiu 46,2% de um ano para o outro.   As duas outras operadoras – a Claro e a OI – apresentaram quedas respectivamente de 24,1% e 25,7%.

De acordo com o diretor de operações da TIM, Charles Davies, será adotado a partir de agora um novo modelo para a expansão de capacidade, com a instalação de equipamentos para suportar o dobro de volume de minutos   estimados para 2011.

Nesse sistema, caso seja necessário aumentar a infraestrutura de telefonia móvel em algumas cidades no Estado, “bastará um comando de computador”, acrescenta Maurício Bacellar, o diretor de Comunicação da operadora.

O encontro de ontem entre os representantes da TIM com o Juiz Magnus Delgado, da 1ª Vara da Justiça Federal, estava agendado para às 15 horas.

Segundo apurou a TRIBUNA, às 15h40, salvo um possível atraso, os representantes da empresa continuavam reunidos no gabinete do Juiz.

De acordo com a assessoria de imprensa da Justiça Federal, o Juiz Magnus Delgado não tem uma data certa para assinar o despacho definindo o desdobramento do caso, mas isso deve acontecer nos próximos dias. Até lá, a TIM continua proibida de habilitar novas linhas no  Rio Grande do Norte.

bate-papo – » Maurício Bacellar diretor da TIM

Quando efetivamente começa o processo de expansão da TIM no Estado?

Quero deixar claro que nunca deixamos de expandir nossa presença no estado. Investimos R$ 17 milhões em 2009, R$ 24 milhões em 2010 e este ano serão R$ 30 milhões, numa antecipação de investimento. Eu diria que o consumidor já vai sentir a diferença até o fim de março. Inclusive, o retrato que tinhamos em 2010 já era melhor que o retrato apresentado no relatório da Anatel, que o juiz considerou na decisão dele. O relatório, de 2009, não considerou uma série de investimentos que haviam sido feitos.

A ação do juiz Magnus Delgado então não tem fundamento?

Não discutimos ações judiciais, elas existem para ser cumpridas, não debatidas. As informações nela contidas referem-se a uma realidade de 2009 e não de 2010.

Então, qual a resposta da TIM à ação judicial?

Estamos antecipando investimentos nesses primeiros três meses do ano para dar uma resposta à situação, contemplando uma margem maior de segurança ao consumidor.

A TIM nega que o número de clientes é maior que a capacidade da empresa no Estado?

A nossa capacidade de rede sempre foi de acordo com a demanda.

Então a decisão do juiz não procede?

Como já disse, não vou entrar nesse mérito. O que estamos dizendo é que não temos diminuído nossos investimentos e que essa situação evoluiu a partir de 2010. E não existe nada melhor para mostrar isso do que os dados do Procon sobre as reclamações fundamentadas do consumidor.

Qual a expectativa em relação ao reinício das vendas?

Estamos bastante otimistas porque o que foi pedido pelo juiz nós trouxemos. Mas, quem vai dizer isso é ele.

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