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Tiroteios matam treze nos EUA

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EUA - Polícia protege local onde um atirador matou dois militares e três servidores da  Câmara Municipal

Baton Rouge (AE-AP) – Uma estudante de enfermagem entrou armada numa escola na Louisiana, na manhã de ontem, atirou contra duas mulheres e, em frente a colegas horrorizados, se matou. O crime foi o desfecho de uma série de tiroteios que ocorreu nos últimos dois dias nos EUA e deixou um saldo de 13 mortos. Na noite de quinta-feira, um homem armado matou dois policiais e três funcionários da Câmara Municipal de uma cidadezinha no Missouri.

Horas antes, outro homem abriu fogo numa escola em Ohio e atirou numa professora (sua ex-esposa) na frente dos alunos. Em seguida, ao ser perseguido durante três horas pela polícia, ele se matou. A professora sobreviveu. No mesmo dia, só que do outro lado do país, um homem matou três parentes e um agente da Swat em Los Angeles, antes de ser morto por policiais. Na Carolina do Sul, um americano também foi baleado, na Escola Técnica de Greenville. Ele está internado em estado grave.

O crime em Louisiana ocorreu em Baton Rouge, a capital do Estado. Uma estudante de 23 anos, cujo nome não foi divulgado, matou duas colegas que estavam assistindo à aula na Escola Técnica de Louisiana. Segundo o sargento Don Kelly, outros alunos da classe – que tinha cerca de 20 estudantes – ficaram feridos. Os primeiros policiais que chegaram ao local do crime afirmaram que a escola “estava um pandemônio, com pessoas correndo para todos os lados”. Kelly não informou o nome das vítimas, apenas disse que elas tinham entre 21 e 26 anos.

O motivo do crime ainda está sendo investigado. As aulas foram canceladas hoje e devem ser retomadas apenas na quarta-feira. “Esse é um dia trágico para Baton Rouge. Você vai a uma instituição de ensino e acaba sendo vítima de um crime desses”, disse o prefeito da cidade, Kip Holden.

O crime em Baton Rouge ocorreu horas depois de Charles Cookie Thornton, um pequeno empreiteiro de 52 anos, invadir uma reunião na Câmara Municipal de Kirkwood, no Estado de Missouri, e matar cinco pessoas. Segundo a polícia, ele tinha problemas com a prefeitura e queria se vingar.

Antes mesmo de entrar na Câmara, Thornton matou um policial no estacionamento. “Ele ficava repetindo que ia acabar com o prefeito e saiu matando quem aparecesse na frente dele”, disse Janet McNichols, uma jornalista que estava acompanhando a sessão no local. Em seguida, o atirador matou outro policial e três funcionários da Câmara – dois vereadores e um engenheiro.

O prefeito de Kirkwood, Mike Swoboda, foi baleado na cabeça e está internado em estado crítico. Thornton já era conhecido na cidade por seu comportamento desajustado. Em 2006, ele foi condenado por conduta imprópria, depois de invadir duas vezes sessões na Câmara. Ele reclamava que funcionários municipais estavam atrapalhando suas obras e xingava o prefeito. Tiroteios em escolas se tornaram relativamente comuns em escolas americanas, especialmente após o massacre de Columbine, no qual dois estudantes mataram 13 colegas, e depois se mataram, em 1999. Em abril do ano passado, um aluno de origem sul-coreana matou 32 pessoas.

Cresce impopularidade de Bush

Washington (AE-AP) – Os americanos não suportam mais o presidente George W. Bush, com apenas 30% deles dizendo aprovar seu governo, seu mais baixo índice de popularidade já registrado na pesquisa The Associated Press-Ipsos. A queda de quatro pontos percentuais em relação à pesquisa anterior, do início de janeiro, foi influenciada pela diminuição do apoio a Bush entre os integrantes de seu próprio partido, o Republicano.

A deterioração da imagem de George W. Bush parece estar vinculada aos problemas enfrentados pela economia dos EUA, com empregos sendo cortados, os mercados financeiros desabando e os imóveis sofrendo desvalorização, criando temores de uma recessão. A aprovação à forma como Bush tem lidado com a economia caiu para 29%, quatro pontos a menos do que na sondagem anterior, com uma insatisfação notável entre a classe média e sulistas.

“Ele gastou bilhões de dólares com a guerra, e a economia aqui está sofrendo”, afirmou Ron Brathwaite, um democrata de 41 anos de Nova York. “Se você está liderando este país, você deveria começar consertando as coisas aqui dentro”. Segundo a sondagem, apenas 33% aprovam a forma como Bush está conduzindo a guerra no Iraque. Em relação a questões internas, como saúde, energia e meio ambiente, apenas 27% concordam com suas iniciativas, uma queda de sete pontos em relação a janeiro. Nas últimas semanas Bush tem sido ofuscado pelas primárias presidenciais dos partidos Republicano e Democrata, e mesmo os candidatos de seu partido não têm se preocupado em defendê-lo. Eles, entretanto, não o têm atacado, já que Bush ainda é popular entre a direita religiosa.

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