Se fosse possível ao América FC apagar tudo o que ficou pra trás nesse primeiro turno concluído domingo, não há dúvida de que a nação americana penhoradamente agradeceria. Em qualquer atividade onde haja competição, é sempre desagradável ser o último colocado. É o candidato que se submete a um concurso público, é um grupo que vai disputar pouquíssimas vagas, e um dos concorrentes é o de nota mais baixa, e até mesmo num simples torneio de pelada reunindo veteranos, nenhum time admite ser o lanterna. Pior ainda quando a competição se alonga e aquele clube esta sempre em último lugar. Aí, a coisa vira chacota, porque é desprezível o título de lanterninha.
Título (2)
No caso do América, a posição se torna mais incômoda na medida em que, mesmo que alcance três vitórias seguidas e o Náutico estacione nos 20 pontos que já tem, ainda assim a equipe americana não o alcançará, fazendo lembrar que o próprio Náutico já esteve na lanterna, conseqüentemente, atrás do América. Flamengo e Juventude, os dois que completam o quarteto da zona de rebaixamento, têm 16 pontos, com o Rubro-negro tendo ainda três jogos a menos.
Título (3)
A campanha que o América cumpriu em 98, quando foi rebaixado para a Série B, é sempre citada como exemplo como uma jornada desastrada. Naquele ano, ao somar 12 pontos dos 69 possíveis (duas vitórias e seis empates em 23 partidas), o clube rubro teve aproveitamento de 14,49%, enquanto agora em 2007, em 57 pontos possíveis (19 jogos realizados) o aproveitamento é praticamente igual, ou seja, 14,49%. Naquele ano, o número de clubes era maior (24), porém a disputa foi num turno único.
Erros no apito
Apesar do analista de arbitragem da Rádio Globo/RN, o companheiro César Virgílio, ser às vezes generoso na análise dos árbitros que nos visitam, a televisão tem mostrado erros os mais cabeludos nos jogos fora de Natal. Na partida Figueirense x Botafogo, domingo, o assistente mato-grossense Adnilson Pinheiro deixou de dar impedimento de um jogador do Figueira e, na seqüência do lance, quatro jogadores impedidos, num flagrante prejuízo para o Botafogo.
Erros (2)
O primeiro jogador impedido (a Globo fez repeteco várias vezes do lance) não foi o autor do gol do Figueirense, mas foi o iniciador do lance que redundou no empate ao chutar, o goleiro espalmar e o companheiro de equipe mandar a bola para as redes, igualando o placar. No jogo Confiança x ABC, Ricardo Silva também registrou como erro de arbitragem um gol anulado do ABC quando o placar ainda estava em 0x0.
Consulta
O leitor Júlio Santos Júnior me manda e-mail querendo saber se esse jogo do América, domingo, em São Januário, é a primeira visita que o time rubro faz a São Januário após a tremenda zebra de 75, quando derrotou o Vasco, também pela Série A, por 1×0, gol de Washington.
Consulta (2)
A resposta é não, meu caro Júlio. Valendo a Copa do Brasil de 99, no primeiro jogo em Natal deu Vasco 1×0, gol de Luizão, e na partida de volta, em São Januário, o time cruzmaltino repetiu a vitória, mas com o placar de 2×0, gols de Ramon e Guilherme.
Repeteco
Será que o ABC vai repetir, agora na segunda fase, a mesma seqüência de resultados da fase anterior? O time alvinegro estreou com derrotado fora, e depois se recuperou com aproveitamento de 100 por cento, em casa.
Repeteco (2)
Valendo somente jogos oficiais, o ABC vinha sustentando a invencibilidade diante do Confiança/SE, mas capitulou domingo ao permitir a virada da equipe sergipana. O time se ressentiu das ausências de Bem Hur e Wallysson, e agora torce pela volta dos dois, amanhã.
Verdão em festa
Amanhã, será uma data especial para o Alecrim FC. Apesar da discordância de alguns pesquisadores quanto ao ano – se 1915 ou 16, uma grande corrente é pela comemoração dia 15/08/1915. Por isso, nesta quarta-feira tem missa às 19h na matriz de São Sebastião e jantar de adesão no Clube de Engenharia, ao lado da Cidade da Criança.
Missão impossível
O “impossível” aí de cima é só pra explorar o título. Na verdade, não é impossível ao América derrotar o Vasco em São Januário, mesmo o time cruzmaltino ainda invicto em seu estádio. Se acontecer, é prenúncio da reação.
Homofobia
A homofobia explícita do juiz da 9ª Vara Criminal de São Paulo, Manoel Maximiano Junqueira contra o jovem defensor do São Paulo FC, o natalense Richarlyson, continua rendendo grandes espaços na imprensa sulista. O magistrado taxou o jogador, de homossexual, irritando os grupos gays de todo o Brasil, inclusive com três pedidos oficiais de afastamento desse juiz. No despacho, citou a frase “futebol é jogo viril, jamais para homossexuais”.