Marcelo Filho
repórter
Este final de semana é de decisão para mais de 8.400.000 candidatas e candidatos inscritos no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). É que um bom desempenho nas provas pode carimbar o ingresso ao ensino público superior, bem como acesso à bolsas de estudo através do Prouni, ao financiamento estudantil e da obtenção do certificado do ensino médio. Sabendo da importância que tem o exame para milhares de pessoas, a TRIBUNA DO NORTE e o CEI Romualdo Galvão, através do projeto #TNnoENEM, trazem orientações de como fazer uma boa prova sem complicação.
#SAIBAMAIS#Nem apenas o aprendizado do conteúdo das quatro competências cobradas no Enem deve ser levado em conta na preparação. Antes de tudo, é importante cuidar do corpo. Para isso, uma boa alimentação é essencial para garantir o sucesso na realização das provas. A nutricionista do CEI Romualdo, Isabelle Simonetti, aconselha que, na manhã dos dias de prova, sábado (5) e domingo (6), os candidatos despertem cedo e façam um café da manhã mais leve, com a inclusão de frutas e carboidratos como pães, tapioca e cuscuz.
“Durante a prova, é ideal levar lanches práticos, como as barras de cereal, que são energéticas”, completa Isabelle. A nutricionista alerta aos estudantes que não desviem de seus hábitos alimentares, visto que, a depender da procedência do alimento, poderão estar sujeitos à indisposições que comprometa o desempenho nas provas.
Dedicar-se a dois dias para se submeter a uma avaliação do naipe do Enem pode parecer, para muitos, um caminho ardiloso. A ansiedade toma conta e parece que vem para ficar. Entretanto, é possível driblá-la. Quem garante é a psicóloga Hétera Fernanda, do CEI Romualdo. “O importante é que o candidato se sinta à vontade para fazer a sua programação. Pegar um cinema, sair para passear, seja com os amigos ou com a família”, explica. 
A psicóloga também elenca como necessária o reconhecimento prévio da região onde as candidatas e candidatos farão o Enem neste final de semana, para que tenham segurança ao se deslocarem aos locais de prova. “Isso também pode ajudar a diminuir a ansiedade”, complementa.
No primeiro dia do exame, são aplicadas as provas de Ciências da Natureza e suas Tecnologias e Ciências Humanas e suas Tecnologias. O tempo para a realização das avaliações é de 4h30min. No segundo dia, é a vez das provas de Linguagens, Códigos e suas Tecnologias, Matemática e suas Tecnologias, além da Redação. O tempo total é de 5h30min. Para muitos, o relógio pode mais atrapalhar do que ajudar. Nestes casos, como otimizar o tempo para terminar o exame dentro do prazo?
“É importante que o candidato identifique as áreas de maior afinidade. Ele pode começar com a área em que tem maior facilidade. Com isso, terá maior confiança para desenvolver o restante da prova”, orienta a psicóloga Hétera Fernanda.
Redação
A prova de Redação costuma ser a mais aguardada pelos estudantes. Durante o ano inteiro, são lançados diversos palpites acerca do possível tema que será cobrado para os estudantes dissertarem. A professora Roberta Matos tem algumas apostas. “Eu arrisco em Meio Ambiente, já faz tempo que não se cobra, ou assuntos que envolvam as minorias, como a questão racial e de intolerância”.
Mesmo assim, a imprevisibilidade é a marca do tema da redação. O que os estudantes devem levar em consideração é a capacidade, apreendida ao longo do ano, em desenvolver um texto dissertativo-argumentativo que entre em consonância com a proposta do Enem. “O que eu digo para os alunos é que eles se assegurem na estrutura do texto, que internalizem-a. Ficar refém de adivinhar o tema não é legal. O Enem vem mostrando a tendência de trabalhar temas sociais”, afirma a professora de redação.
Roberta Matos recomenda, também, que os estudantes iniciem logo pela Redação antes de responder às questões das outras provas. Para ganhar tempo, o ideal é que o texto seja produzido em, no máximo, 90 minutos. Para garantir uma boa pontuação, Roberta Matos indica que sejam utilizados recursos interdisciplinares, ao abordar questões de áreas como filosofia, história, sociologia, dentre outros, para diversificar o campo de argumentação.
“Outra questão está na própria linguagem, que o estudante saiba diversificar os conectivos, que faça a articulação entre os períodos, entre os parágrafos, que ele encadeie o texto em progressão argumentativa”, explica. A docente chama a atenção para o uso indevido dos textos motivadores, que servem para nortear a dissertação e não como fonte para reproduções ou paráfrases de seus conteúdos. “Isso vai despontuar nas competências de argumentação, porque desconfigura a autoria”.
Manter a mente descansada pode ser um caminho eficaz para se produzir uma boa redação, segundo a professora Roberta Matos. “Esteja seguro e tranquilo para fazer o texto de acordo com a estrutura apreendida, sem tentar adivinhar a temática, sem ficar apreensivo ou angustiado. Se for um tema que o aluno domine, ótimo. Se não, o ideal é manter a calma, respirar fundo, e fazer, acreditando no trabalho de aprendizado feito na preparação para a prova”.
